sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mi querida América Latina

A América Latina, a partir do primeiro contato com o europeu, conheceu o significado sobre a "importância de não nascer importante" - como diz Eduardo Galeano em As Veias Abertas da América Latina. A prata, o ouro, a terra fértil, a biodiversidade, todas essas belas riquezas naturais, acabaram por trazer pobreza e miséria. A história da terra latina está marcada pela exploração e submissão aos colonizadores, sendo que até hoje é manipulada de acordo com os interesses dos países ricos. Todas as feridas continuam abertas, pois não puderam citatrizar e agonizam até hoje. O cruel passado de submissão se reflete no subdesenvolvimento de hoje, ao ter estancado o desenvolvimento, impedindo andar passo a passo com o ritmo mundial.
Porém, ainda não conseguiram nos derrotar, já assassinaram os brilhantes maias, já arrancaram a prata de Potosi, já extraíram todo o ouro, já devastaram o nordeste brasileiro, já instituiram terríveis ditaduras, já manipularam a mídia... Mas continuamos aqui, ainda em pé, por que nosso continente tem muito para dar certo. O maior empeçilho é o fato de a população ser, em massa, ignorante, pois o que precisamos são pessoas inteligentes para eleger e para governar. Ou então, poderíamos fazer uso de algo intantâneo, como uma revolução, liderada pelas mentes progressitas de hoje.
O esquema teria uma importante inspiração no socialismo, pois seria como se toda a América Latina fosse uma coisa só, apenas dividida para melhor organização geopolítica e controle governamental. A moeda seria única e todos teriam o direito de ir e vir entre os países, praticamente uma aniquilação de fronteiras. É burrice esse negócio de nacionalismo, de defender o seu país, tê-lo como o melhor de todos e rejeitar os outros, isso não faz mais o menor sentido. Incomparavelmente, vale mais a pena agarrarmo-nos a causa maior da internacionalização. Para quê odiar os argentinos, bolivianos, chilenos, uruguaios ou mexicanos se todos juntos somos extremamente mais fortes?
Cada país deveria desenvolver e investir em áreas específicas, aquelas para as quais já predispõe de condições favoráveis, seja por tradição ou aspectos naturais, como acontece com o petróleo do Pré-sal e o venezuelano, o vinho chileno, o gado e laticínios argentinos, o turismo característico de cada lugar... Assim, trabalharemos como uma rede mutualística, onde os países precisam das importações vizinhas para o consumo interno, criando um sistema de sustentabilidade para a economia de todos, pois já possuiriam exportações garantidas e estáveis. Também seria importantíssimo investir em elos de ligação entre os países, principalmente por vias férreas, mas também rodoviárias e aéreas, para efetivamente conectar todo o território de uma maneira eficiente.
Um sonho ainda mais utópico é transferir esse sistema para o mundo inteiro, onde ideais igualitários fossem o princípio primeiro e todas as nações convivessem em harmonia, numa grande conexão de sustentabilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário