sexta-feira, 30 de setembro de 2011

My way

Bem além de somente mais uma vertente musical, e diferente do que acontece com o pop e demais estilos  "inferiores", o punk - ainda mais do que o rock em si - é uma filosofia de vida. E falo sério mesmo, o punk representa a liberdade em seus sentidos mais amplos e minuciosos, o punk defende o "faça você mesmo" e jamais dependa de alguém supostamente superior para chegar onde você quer. O punk quer que seja você mesmo e não se importe tanto com o que os outros vão pensar, na realidade, o punk quer que os outros se danem. Mas, mesmo adotando postura livre de preconceitos, é um dos principais alvos.
Ainda mais importante do que dizer que vai além de um estilo musical, é insistir em que o punk não é - de maneira alguma! - sinônimo à violência, ao junkie way of life e nem mesmo à anarquia. O punk é muito, muito mais do que o empurra-empurra das rodas punks (mas confesso que elas são bem legais). Pode - e provavelmente foi mesmo - banalizado por alguns pseudo-punks-muy-locos-rebeldes-traidores-do-movimento que, sem ideologia nenhuma nem muitas boas ideias na cabeça, passaram uma imagem completamente distorcida do que é o movimento em si. Porém, aquilo que geralmente as pessoas se esquecem - ou são induzidas a não notar - é que esses "aspectos negativos" estão presentes em todos os lugares, desde a periferia urbana até as festas nos iates. Em nenhum momento a violência ou as drogas puderam ser observadas como restritas à comunidade punk, mas sim representando um fenômeno da sociedade em geral.
Por fim, quero deixar claro que o punk não é feio, o punk é lindo. O punk não é o visual, não tem a ver, necessariamente, com rebites, spikes, piercings, tatoos, coturnos e calças rasgadas, mas bem pelo contráio, o punk simplesmente deixa você ser como estiver a fim. O punk deixa você gritar quando tiver vontade, ele deixa você se expressar, deixa você pensar por si mesmo e ser livre para escolher, para tentar.
Obs.: Eu ainda acho que todas as pessoas realmente legais e inteligentes desse mundo, no fundo, são punks, mesmo sem saber e, talvez, mesmo sem deixar que os outros saibam.

domingo, 18 de setembro de 2011

O desconhecido é infinito

“O infinito é realmente um dos deuses mais lindos.”

Não pensar é confortável. Pensar é intrigante. Pensar pode ser agradável, ou angustiante. Geralmente se acaba na segunda alternativa. Mesmo assim, alguns insistem em pensar. Eu diria que é algo um tanto inato isso, intuitivo. Essa busca por respostas, esse questionamento incessante sobre tudo o que está em volta. Questionamentos sobre cada partícula, sobre cada minúsculo pedaço de vida. Como se comportam, como interagem, como refletem-se, quais são as conseqüências, os resultados. São tantos porquês. Na verdade, são infinitos porquês. Eles nunca vão acabar. Sempre, sempre, sempre vai haver algo a mais. Um passo a frente. O desconhecido é infinito. A resposta... Será que existem respostas? Não. Não há respostas definitivas. Num mundo que somente existe como o conhecemos graças à aleatoriedade, buscar definições concretas é tolice. Bem capaz. Não é tolice, nem perda de tempo. Não temos o eterno, mas temos o hoje. Seguimos correndo atrás do nada. Talvez. Não chegaremos ao final, mas chegaremos a algum lugar. Cada vez mais a frente, cada vez mais fundo, cada vez melhor.  Por que continuar? Por que foi assim que descemos das árvores. Pensando, questionando, refletindo, mudando, errando e aprendendo. O erro é lindo. A superação é mais ainda. Experiência é a maior riqueza. Pense, faça, mude e se supere. E é assim que o mundo gira.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

20 e poucos anos

Você já sabe, me conhece muito bem
E eu sou capaz de ir e vou muito mais além
Do que você imagina...
Eu não desisto assim tão fácil meu amor
Das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz
Na vida tudo tem seu preço, seu valor
E eu só quero dessa vida é ser feliz
Eu não abro mão...
Nem por você, nem por ninguém
Eu me desfaço dos meus planos
Quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos...
Tem gente ainda me esperando pra contar
As novidades que eu já canso de saber
Eu sei também tem gente me enganando
Mas que bobagem, já é tempo de crescer
Eu não abro mão...
Nem por você, nem por ninguém
Eu me desfaço dos meus planos
Quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos...

(na versão do Raimundos, não do Fábio Jr, por favor né)

sábado, 3 de setembro de 2011

Nada mais que 42.


O que é você? Pra que você serve? Por que estás aqui? E eu, por quê? O que estamos fazendo, todos os dias? Para onde estamos andando? O que pensamos é certo? E as coisas que valorizamos? Estamos no caminho? E no fim, mais uma vez, tudo isso que fazemos é a fim de quê mesmo?
Sob certo ponto, somos formigas, somos números. Alguns mais, outros menos. Será que faz alguma diferença?
Na verdade, todos buscam a felicidade, a sua própria felicidade, do seu modo - quando, de repente: "é preciso amaaar, as pessoas como se não houvesse amanhãã...", sim, estou ouvindo Legião agora. A maioria das pessoas busca basicamente isso - amor, satisfação pessoal, prazer, aproveitar os momentos. Já o resto - trabalho, contas, agenda - é resto, e vai se levando nas costas... O problema é que continuo me perguntando o porquê, entende? A vida, o universo e tudo mais.
Eu poderia chegar à conclusão de que são os sentimentos que nos “enfraquecem”, ou que nos desviam, mas eu realmente não acredito nisso, de forma alguma. Mas o Renato estava certo (pra variar...), amar é importante. Sentimentos são bons, e muito. Aliás, desenvolver sentimentos é também uma questão evolutiva, não? E sendo assim, logicamente há vantagens em tê-los.
Não faz sentido nenhum habitarmos esse mundo, se o fazemos apenas em busca de nossa auto-satisfação, apenas produzindo endorfinas e gastando a matéria orgânica do planeta. O que eu acho - e olha que eu confio em minha opinião hein - é que devemos fazer algo. Hum, algo... Sim, algo! Fazer a diferença. Eu já disse isso aqui. Ser feliz, viver, aproveitar e todo o resto, mas principalmente ter esse intuito de fazer, e não apenas existir. Eu amo a ciência.
É intrigante, e muito, estarmos aqui, assim - pensando, errando, acertando, comendo, brigando, gritando, correndo, casando, rezando, amando, odiando, sorrindo, chorando, adoecendo, fazendo filhos, xingando, trabalhando, reclamando.  Será que estamos atuando em algo maior? Ou será que não passamos de meros fracassados? E quem vai responder isso para nós? Deus? Não, muito obrigado. Eu prefiro continuar perguntado.
O melhor de tudo é que eu consigo ver uma grande beleza nisso. Nessa dúvida, nessa nossa imensa ignorância. Há muito por vir. Nos sentidos mais amplos. E eu quero fazer algo. Como responder, como saber? Ninguém sabe. Nem o teu Deus sabe. O mais perto que alguém já conseguiu chegar resultou em 42.