domingo, 28 de agosto de 2011

Punkerapia

Ok blog, preciso contar uma coisa pra você: EU AMO IR EM SHOWS DE ROCK! Juro que não EXISTE nada melhor! Aqueles que você sai com a "alma lavada" sabe, esbanjando serotonina. Pula e grita tanto lá dentro que emagrece uns bons quilos. Falando nisso, os meus 1.60m e 53kg simplesmente não resistem a uma linda roda punk. Bateção, empurra-empurra, chutação, perda de voz, incontáveis hematomas... YEAH. Mas sempre que alguém cai no chão, aqueles que o empurraram também ajudam a se levantar. É uma legítima terapia, e das melhores.
Se tem algo que marcou minha adolescência, com certeza foi o rock. E não só a adolescência, mas com certeza a vida toda também. Vou levar isso pra vida inteira, vou rever as fotos e recordar daquele tempo bom, vou contar orgulhosamente para os meus filhos, netos, bisnetos... E viver o rock na pele, literalmente, não há nada que pague. Um ingresso por custar R$250, R$25 ou nada, mas o que você vive e sente está váários níveis acima de uma tabela de preços.
E eu sei que tem gente que não entende. Mas então, que pelo menos esses entendam que simplesmente não entendem mesmo. Por que não é nada tolo, é de verdade.

sábado, 20 de agosto de 2011

Pessoas de verdade

Não há nada de errado em ser quem você é. Seja o que lhe der na telha e seja muito feliz por isso. Tudo anda muito melhor assim. Não imagino felicidade sem espontaneidade e total auto-respeito às próprias convicções e atitudes. Falando nisso, tenha atitude, a sua única e própria atitude. 

No fim, não tem nada de comportamento anti-social ou auto-exclusão. É simplesmente não ter vergonha de mostrar a cara e sentir-se bem consigo mesmo, não se preocupando muito em fazer de tudo para agradar os outros. Quem há de gostar de ti, com certeza acabará gostando com o tempo. Quem não gostar, perderá a oportunidade de conhecer uma pessoa de verdade. Sim, de verdade, e não alguém estereotipado, alguém totalmente moldado pelo que o cerca. Isso até é triste.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Time and disregard

Eu tive uma professora de biologia no 2º ano do EM. Bem, pelo menos ela dizia ser professora. E não, eu não gostava dela. Nem um pouco. Mas esses dias lembrei de uma frase sua e, sabendo ela o que dizia ou não, passou a me parecer de muito sentido. A célebre dita sentença é “o tempo é muito relativo”. Na hora que ela a enunciou até me pareceu um tanto cômica, mas, na verdade, o tempo realmente é muito relativo. Estamos tão acostumados com as medidas convencionadas pela sociedade, sejam elas quanto ao tempo, ao tamanho ou a temperatura, que esquecemos de que fomos nós mesmos que as inventamos. O Espaço é gigantemente imensurável. Já o tempo que uma enzima leva para catalisar uma reação na célula é tão pequeno que, realmente, nós nem conseguimos imaginar. O mais impressionante é que tudo, olhe em sua volta, TUDO MESMO, gira em torno dessas coisas mínimas ou gigantescas. E esses exemplos representam apenas aquilo que, de alguma forma, conseguimos descobrir que existe. Vai saber se não há mais muitos exemplos desses, com medidas tão extremas que ainda nem mesmo conseguimos detectar. A probabilidade de que eles existam mesmo é muito grande. Mas a nossa incapacidade de compreendê-los corretamente ainda é quase tão grande quanto. Que tal tentar ajudar a dar mais um passo a frente?





E ainda insistimos em correr contra o tempo. Mas "nós temos muitos teeempooo, temos todo o tempo do mundooo..."

sábado, 6 de agosto de 2011

Evolutivamente cegos


Será que nós, seres humanos, espécie que habita nesse humilde planeta azul chamado Terra, somos capazes de percebê-lo como ele realmente é? Será que vemos tudo o que nos rodeia? Eu acho que não. Somos evolutivamente programados a perceber as coisas como melhor nos convém, para conseguirmos sobreviver nesse planeta e nos darmos bem por aqui, sempre sujeitos às suas especificidades locais.
Para ter um embasamento, sabe-se que os átomos são compostos principalmente por ~nada~, ou seja, a eletrosfera, que ocupa a maior parte do átomo, é formada por muitos elétrons de massa quase nula que ficam se remexendo e pulando incessantemente, e apenas no centro, no núcleo, temos prótons e neutrons, mais pesadinhos. A partir do momento em que se toma consciência de que a rocha é formada por inúmeros átomos, que se compõem basicamente de ~vazio~, temos uma incógnita.
A questão é que, felizmente, somos fisiologicamente preparados para sentir a rocha como um material duro, pois se não fosse assim, poderíamos ingenuamente bater nossas cabeças numa delas até morrer. Isso é questão de evolução. Da mesma maneira como somos capazes de separar o que é duro do que é mole, também diferenciamos o que é frio do que é quente, o que é doce do que é amargo, o que produz um tipo de som do que produz outro, ou seja, o que é perigoso do que é inofensivo.
Enxergamos as cores, as formas, as perspectivas e tudo mais ao nosso redor da maneira mais conveniente à nossa sobrevivência, mas isso não quer dizer que vemos tudo o que está ali. O espectro da luz visível ocupa apenas um pequeno nível entre todos os tipos de radiações existentes. Afinal, alguém já conseguiu ver uma onda de rádio, uma microonda, um raio infravermelho,um raio ultravioleta, um raio X ou então uma partícula gama? Se sim, tal indivíduo não se tratava de um mero ser humano.
É extremamente provável que existam formas de vida nos outros planetas, ou pelo menos alguma coisa interessante em cima deles, mas quem disse que somos capazes de perceber o que existe lá? Claramente, é estupidez pensarmos que estamos no único e abençoado planeta que abriga vida, entre um número que eu nem consigo imaginar de planetas existentes nos múltiplos sistemas e universos, ou até mesmo aqui no nosso pequeno Sistema Solar.
Nessa mesma linha de pensamento, eu encaro a morte. Aparentemente, o ser humano morre e seu corpo apodrece. Nada mais. Não percebemos nada mais acontecendo ali. Na tentativa de dar algum sentido a processo de vida e morte que parece tanto sem sentido, as pessoas invertaram a religião. No cadáver não se vê alma subindo aos céus nem descendo ao inferno, o único processo perceptível é o da decomposição. Em sua faminta busca por respostas sobre o pós-vida, o ser humano se mostra apenas capaz de imaginar mas, ignorando a “certeza da fé”, nunca vai realmente ter certeza. (Será que eu sou agnóstica? Whatever.)
Enfim, os nossos sentidos nos “enganam”. Mas até onde? Como saber o limite? Não se sabe. Talvez, algum dia a ciência ou o nosso organismo, evoluam com algum mecanismo que nos torne capaz de perceber o mundo de uma maneira mais profunda e exata. Estamos na espera. Até lá, a rocha vai continuar dura, o fogo vai continuar queimando, a almofada vai continuar fofinha, vamos continuar buscando água em Marte, os cadáveres vão continuar sendo comidos por vermes e, enfim, vamos continuar nos perguntando porquês.