terça-feira, 19 de julho de 2011

De que rebanho você é?


O que você é, o que você quer ser, o que você vai ser, o que você vai fazer?
Você pode escolher ser uma ovelinha comportada do sistema, e ser feliz ou infeliz com isso, ou então pode escolher ser uma ovelha negra, e ser feliz ou infeliz com isso.
Você pode estudar durante 12 anos no colégio, depois prestar vestibular, escolher um curso relativamente fácil e  com alta possibilidade de ganhar dinheiro no futuro. Então você finalmente termina a faculdade e vai trabalhar, ganhando seu lindo dinheirinho. Você passa seus dias num escritório, vestindo roupas desconfortáveis, mas que você já se acostumou, afinal. Ah, enquanto isso, você procura alguém pra se casar e fazer filhos, para então finalmente sair da casa dos seus pais. Aí você tem os filhos. Vocês moram na mesma cidade de sempre, as crianças estudam na mesma escola que você estudou, todos frequentam os mesmos lugares, votam nos mesmos candidatos que seus próprios pais, enfim...
Será que você é realmente feliz ou é apenas um iludido? Digo, você vai se divertir, é claro, vai à festas com seus amigos, verá seus filhos crescerem, comprará as coisas que você e eles quiserem e, resumindo, terá vários momentos de descontração. Mas é tão previsível, no final. Você apenas continua o ciclo. Eu não conseguiria me sentir realizada com isso. Será que você conseguiria? Se sim, ok. Há chances de fazer do mundo um lugar melhor a partir disso, também. Mas quando se quer algo a mais, e quando se tem (ou se arranja) um meio que permita, viver uma vida um pouco mais alternativa me parece muito melhor. Talvez isso represente apenas correr atrás do que realmente se quer, daquilo a que se dá mais valor e que fará de você uma pessoa realizada. Não me refiro, de maneira alguma a “dar certo” na vida, ser o filho perfeito que todo pai deseja ter.  Se você achar que é o que deve fazer, pode simplesmente se rebelar quanto ao meio em que vivemos e ser um vagabundo, vivendo de bar em bar. Vai saber né. Bukovski deixou uma bela literatura para o mundo basicamente a partir disso.

No fim, eu apenas defendo que não se pode deixar a vida passar em vão. É algo tão fascinante, afinal. Quero dizer, a vida é uma coisa tão improvável, mas ela ocorre incessantemente, mesmo assim. Cada pessoa desse mundo inteiro surgiu a partir da fusão de duas células, que então sofreram processos (muito) complicadissímos, mas que tiveram que acontecer de maneira perfeita para que ela existisse. Agora, por minha singela opinião, eu digo que se essa pessoa disperdiçar isso tudo cometará uma tremenda falta de respeito com a natureza. Ela levou bilhões (bilhões!) de anos para criar a vida e aperfeiçoá-la, como faz até hoje. Não seja só mais um número, mais um soldadinho que aceita tudo o que o rodeia. Não opte pelo mais fácil, simplesmente por ser mais fácil. Não se submeta ao que pensa que é errado, não reprima seus sentimentos e vontades. Jamais finja ser feliz, não engane a si mesmo. Evolua, melhore e faça algo de bom, deixe a sua marca aqui, ajude o mundo a andar um pouco mais para a frente. Você pode fazer isso de incontáveis maneiras, e até sem querer. Pode ser algo pequeno que até pareça  insignificante na hora, mas faça. Por que não? Você não precisa mais viver à espera de uma vida melhor no céu. Viva agora, aqui.


Isso eu não quero - Tequila Baby

Você está me convidando
Pra viver um tempo ao seu lado
Até cair numa rotina desgraçada
Com você, seu cachorrinho e suas plantas
Mas Isso eu não quero, não
Isso eu não gosto
isso eu não quero, não
Mas Isso eu não gosto

Você acha o máximo
Ficar sentada no sofá vendo TV
Tem um mundo acontecendo lá fora
E teu cachorro fica rindo de mim

Mas Isso eu não quero, nâo
Isso eu não gosto
isso eu não quero, não
Mas Isso eu não gosto

Eu não consigo decidir
Eu não consigo controlar
Eu não consigo nem viver a minha vida
Quero viver em paz
Nem transar eu não consigo mais
Hey

Eu não consigo decidir
Nem o papel higiênico que eu uso
Sempre a última palavra é a sua
Mas Isso eu não gosto

Mas Isso eu não quero, não
Isso eu não gosto
isso eu não quero, não
Mas Isso eu não gosto

domingo, 17 de julho de 2011

Parem de fazer lixo!

O resto do mundo que me desculpe, mas lixo não é desenvolvimento. Muito menos criar meios “alternativos” e “limpos” falaciosos para tentar contornar essa produção exacerbada. Reciclar não é a solução. Pode ajudar, mas não é isso que vai salvar o mundo. Costuma-se esquecer de que se gasta uma quantidade bastante considerável de energia na reciclagem, ou seja, esse não é um processo tão limpo assim. O problema é o material que está ali, a absurda quantidade que é produzida diariamente, tendo geralmente uma vida útil curta e por vezes desnecessária.  Sacolas reutilizáveis não são super-heróis, elas vão virar lixo também, um dia. O errado é o exagero, o disperdício, a falta de consciência. Vou no mercado e eles me põem apenas dois ou três produtos em cada sacola, enquanto caberia mais do que o dobro disso. Aí sim, acho conveniente usar sacolas reutilizáveis (eu tenho uma bem bonita!).

Estamos cercados de lixo desnecessário... Está em todo lugar, por todo lado. Até quando? Por quê não criar uma consciência ambiental e aplicá-la na indústria? Nós precisamos mesmo de tantas embalagens, tantas caixas, tantos papéis? No fim, a concepção do o mundo “desenvolvido” chama de “desenvolvimento” é que está bem erradinha. Se pensa, antes de tudo, na relação custo/quantidade/tempo, e se valoriza aquilo que é percebido a curto prazo. Enquanto que, primeiramente, se deveria ponderar as consequências ao meio ambiente e se considerar as possíveis vias alternativas mais sustentáveis e de longo prazo. Mas, infelizmente, não é assim que o capitalismo foi criado, e as mulas de direira primeiro-mundistas continuam tendo, e excercendo, a ultrapassada e insustentável visão tradicional do capitalismo.

E a poluição, então... Vivemos retirando carbono ciclável da natureza e transformando-o em resíduo inerte. Processo esse que leva ao efeito estufa, a destruição da camada de ozônio e a tudo aquilo que o Al Gore nos ensinou. Esse carinha só estava errado ao levantar aí uma ameaça a natureza. Bem, muitas espécies serão prejudicadas, obviamente, e algumas até entrarão em extinção. Mas a vida vai continuar existindo. Não importa se a elevação da temperatura global será de 5 ou 50ºC, não importa se a porcentagem de oxigênio no ar atmosférico se reduzirá à metade, nem se a água “potável” se esgotará. Afinal, essa água é dita “potável” com relação ao nosso frágil organismo humano - e o de mais algumas espécies. A vida é muito mais forte do que as consequências das nossas inconsequentes interações com o meio. No máximo, a nossa vida vai acabar. E sim, pode-se dizer que estamos basicamente cavando a nossa própria cova. Portanto, acordem!

Alguns já estão acordando. Há sim um progresso com relação a mudança dessa pacata visão de sustentabilidade, mas de quase nada adiantará enquanto ela não chegar nos grandes chefões. A partir de avanços em menor escala, consciência da população está mudando, e cada vez mais a atenção é dispertada para essas questões. Essa movimentação deve induzir pressões a nível governamental e multinacional, para que mudanças mais significativas sejam postas em prática, e para que se faça os EUA assinarem aqueles malditos papéis! Então, movimentem-se, façam barulho e encomodem eles! Mas, antes de qualquer coisa, mudem suas próprias cabeças.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ROCK, muito obrigado!

Bem, hoje, 13/07/2011 é O dia. Tô aqui ouvindo a minha querida rádio Ipanema, que está especialmente foda hoje e, sendo assim, hei de deixar meus estudos de química geral de lado (ainda tenho a noite toda, afinal), para postar aqui um registro de agradecimento ao deus rock and roll. Sim, sou ateia, mas esse deus realmente merece o título. Ele salvou minha alma e me fez ser assim, tudo o que sou. Parece meio dramático, mas é verdade. Depois que ele entrou na minha vida, mudou tudo mesmo, indo muito além daquilo que eu escuto. Vai do jeito de vestir ao jeito de pensar.
Tenho certeza que ele já fez isso com toda uma multidão de rockeiros felizes, e tenho mais certeza ainda que vai continuar fazendo. Rock não é somente a música, em si, rock é um estado de espírito que toma conta da pessoa. Pode ficar meio enrustido em alguns, ou por certos períodos, mas uma vez vivido, ele estará para sempre lá, nem se for como uma lembrança de uma época boa (a melhor fase da vida, geralmente). Obs.: COMEÇOU A TOCAR CIANYDE DO BAD RELIGION NA IPANEMA, WEE!
O rock tem O poder. O poder de transformar mentes, cabelos, rasgar calças, irritar vizinhos, refletir, relaxar, deixar mais feliz (ou mais triste), amenizar raivas e angústias, quebrar estereótipos, chamar atenção. Certamente, pode ser muito mais eficiente que muitas das terapias convencionais (para mim é). Simplesmente não há nada melhor do que um belo show de rock. Falo sério, é a melhor coisa que existe. Um daqueles que você passa inteiro a cantar (ou gritar) todas as músicas, esquecendo de tudo mais e se deixando englobar pelo som, é lindo.
Bem além do jargão "sexo, drogas e rock'n'roll", o rock não depende deles pra existir em sua plenitude. Podem andar juntos, mas não são consequência direta. Gostaria de pensar que todos sabem disso mas, de fato, acho que o papa não sabe e meus pais, por vezes, se mostram meio confusos... Mas enfim, eu tenho muito orgulho do que o rock ajudou a me tornar. Me amo e me respeito demais para deixar de ser assim, do rock. Tenho plena convicção de que isso não muda, não é algo que passa, pelo simples motivo de que é o que sou! Isso faz sentido, não?
Obrigado Green Day (não me chinguem, seus ignorantes!), Ramones, Bad Religion, Misfits, The Who, Rolling Stones, Tequila Baby, Descendents, Matanza, Rancid, NOFX, Replacements, Garotos Podres, Social Distortion, AC/DC, The Cure, H2O, The Clash, Sex Pistols (Sid lindo), Replicantes, TNT, Acústicos e Valvulados, Bob Dylan, Johnny Cash e todo o resto (que não é resto)!