quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lobos da estepe

Tais são viventes do mundo moderno, mas que não vivem exatamente nesse mundo. Têm a mente fora desse emaranhado de informações que é oferecido à massa. Muitas vezes se desenvolvem como espécies de gênios - mas não leve como regra geral. São inconformados com a sociedade na qual se veêm obrigados à viver, seus ideias entram em conflito com os que efervecem pelas ruas. A maioria tenta, à melhor maneira possível, se integrar com o resto do mundo, por mais doloroso que isso possa no fundo ser. Eles se entregam à vida artificial, se entregam às comodidades, aos gostos populares quanto à música, cinema, alimentação, diversão e tudo mais. Porém, no interior de cada um, nos seus devidos gúlivers, habita um lobo, o seu "eu" mais puro e natural, intocável e imutável pela modernidade. De lá são capazes de partirem as mais frutíferas discussões, as mais brilhantes ideias, os mais inusitados gostos e afeições, as mais revolucionárias descobertas e até as mais insensatas paixões. Os mais sábios tem como prioridade essencial não deixar a sociedade reprimir tudo isso, ela até pode, por vezes, calar, mas jamais apagar.