sexta-feira, 29 de outubro de 2010

I want to break free

Incontestavelmente, sou defensora da liberdade, em todos os sentidos e em todas as circunstâncias. Acho que nada tem o direito dominar o outro e obrigá-lo, direta ou indiretamente, a fazer algo contra a sua vontade natural, por mais banal que seja. Talvez esteja sendo extremista ao dizer que nem os pais devem exercer exacerbado controle sobre seus filhos, e sim, devem apenas guiá-los e orientá-los, através do diálogo aberto, sem pré-conceitos nem repressões, para então, deixá-los livres a tomar suas decisões. Mas é o Estado, sem dúvidas, o foco principal da minha contestação.
O governo não deve, em hipótese alguma, impor obrigações. Caso ainda haja dúvida, meus ideais são anarquistas. Não há nada que ponha tal direito – o mais supremo de todos: o direito a liberdade individual -, sob o controle de uma instituição oligárquica, tão desestruturada e desorganizada no Brasil, como na maior parte dos países em desenvolvimento - ou não. O Estado, se é que assim pode continuar a ser chamado, deve ter a simples função de planejar e implantar projetos de necessidade básica da população: hospitais, escolas, segurança e infra-estrutura. Apenas isso. Não existe esse papo de que “o direito de um termina onde começa o direito do outro”. A adoção a uma religião oficial é um completo absurdo, simplesmente isso, nem há muito o que comentar sobre. As leis devem ser, em maior parte, abolidas. O que deve reger as ações dos indivíduos é a sua própria consciência. Mas dessa maneira, volto ao assunto de um texto anterior, onde falo que para vivermos anarquicamente em paz, as pessoas precisam ser boas demais, muito acima do nível atual. Portanto, a abolição das leis ficaria para “mais tarde”.
Também há a manipulação da mídia, um atentado indireto à liberdade. Mais e mais marionetes do sistema nascem a todo momento. Elas compram, usam, gostam, comem, fazem, ouvem, falam, enfim, agem como a mídia, vinculada ao sistema capitalista, orienta. Isso é um circulo vicioso: os Estados mais poderosos do mundo exercem tanta influência sobre os meios socioeconômicos mundiais, que são a principal fonte manipuladora da mídia em todos os países, porém com os interesses voltados somente às suas respectivas nações.
Nada pode te dizer como agir, o que pensar, o que ser. Você nasceu, sem escolher aonde e, portanto, é livre. Livre para fazer o que bem entender, ao mesmo tempo em que é um ser racional e plenamente consciente das suas escolhas e conseqüências.

Minha namorada punk

Atualmente, tenho pensado muito sobre amor, mas não aquele amor que se sente por uma pessoa qualquer, ou bichinho de estimação... Que mesmo que vá embora você ainda vai “resistir”. Durante a adolescência, quem não experimentou um relacionamento que durasse mais de dois meses não sabe o que perdeu, ou melhor, o que sofreria com isso. Eu me apaixonei a cerca de dois anos e, no começo, achei que fosse passageiro, ou nada de especial, apenas uma garota nova com estilo e bonita.
                Realmente, foi assim que começou: eu na fase “destruir o mundo” me encontro interessado na garota nova da escola. Ela era quieta, sorria pouco, passava praticamente invisível, mas havia algo especial nela que até hoje eu nunca vou saber... Podem ser os All Star’s que ela usa, ou as camisas de banda? O orkut dela cheio de bandas que no mínimo outras garotas teriam o famoso “nojinho”, ou a “ovelha negra” no MSN? A questão é que na primeira vez que a vi, alguma coisa mudou. De repente minha vida tinha um objetivo, quem era ela? Por que ela me deixa assim? Por que me sentir assim é tão... Bom?!
                Eu preciso dizer que eu e ela não fomos feitos um pro outro, em nenhum lugar do mundo. Tenho um senso de humor irritante, sou preguiçoso e preso no rock clássico, ela é determinada, séria, não me acha engraçado, é ridiculamente mais inteligente do que eu... Ama o punk rock e o Sid Vicious. Cara, como eu posso competir com Sid Vicious?! Eu sou só um cara comum, como uma garota com tanta personalidade poderia se apaixonar de verdade por mim?! Foi nessa hora que pensar em “amor” começou e virar rotina. Completo idiota quem disse que o amor queima, mas não arde, porque em mim ardeu! Arde até hoje.
                Incrivelmente, consegui chamar a atenção dela. Me lembro da primeira vez que ela disse que me amava... Em uma conversa sobre anarquia e o “porque” não daria certo... Ela disse tchau, mas ficou e disse um te amo. Foi a melhor sensação que já senti, não era o fato de ser amado, mas sim de ela me amar! Nosso início foi bem inocente... Mesmo com ela já gostando de mim, ficamos uns dois meses enrolando até que eu a beijei pela primeira vez, e mesmo que ambos já tinham ficado antes, foi algo inacreditável, era como se a felicidade subisse pelo meu corpo.
                O amor que eu sinto por ela vai muito além de um namoro, porque sei que a faço sofrer (afinal, somos tão diferentes), mas eu a amo o suficiente para deixá-la ir embora, se isso a fizer mais feliz. Afinal, amor não é encontrar a própria felicidade na felicidade de outro? Se não for pra ser, não vai! Eu não posso forçar ela a me amar, assim como ela não fez nada pra me fazer amar ela. Aconteceu e hoje eu sou muito feliz, amor de verdade é raro, mas existe... Eu não acreditava antes de mim. Minha namorada é punk, toca guitarra e me acha um chato, isso pra mim é perfeito!

Rebel without a cause?

Uns dizem que adolescente é chato mesmo, pois acha que já sabe de tudo. Outros, vêem essa fase como a primavera dos anos, onde se tem novas experiências e se aprende pra vida.
Talvez eu esteja entendendo. Com 17 anos, o cara se nega a se conscientizar que, mais cedo ou mais tarde, vai ter que se entregar as obrigações que a sociedade exige de cada um. Essas, mesmo a contragosto, hão de ser cumpridas para que se possa viver "normalmente", mesmo que através de máscaras (e plásticas). Pode parecer tão bobo, talvez óbvio, mas faz todo o sentido. Somos e não somos livres, ao mesmo tempo. Tomamos nossas próprias escolhas, só que elas já são predestinadas. Agora, tente colocar isso na cabeça de um adolescente. Para ele, é um absurdo (e é mesmo).

Idolatrando tijolos

Quem merece ser considerado um ídolo?
A música se tornou algo tão esquematizado e padronizado que os artistas nem mereciam ser chamados de artistas, muito menos serem idolatrados por alguém. A maioria deles nem mesmo compõe suas letras, que dirá suas melodias. Não tocam nem cantam, digamos, com o coração. Aquilo que apresentam em cima do palco não advém deles mesmos, é apenas um trabalho como qualquer outro. É claro que eles adoram o que fazem, afinal, têm sucesso e um cardume de fãs correndo atrás. É o que faz sucesso hoje em dia, o que aparece na tevê e o que toca nas rádios.
Mas isso eu não quero, nãããão, mas isso eu não gosssto.
Eu quero a expressão mais sincera.
Eu quero sentir, sentir que aquilo o satisfaz, o deixa mais completo, o faz feliz, satisfeito. E isso é o que conta num músico. Cinquenta pessoas que vão num show e sentem isso, valem muito mais do que um estádio de futebol lotado com marionetes. Já que atualmente é assim que funciona, underground rulez. Quer entender o que eu estou falando? Bad Religion.
Por que isso é tão raro? Será que sou eu que estou errada? Óbvio que não. As pessoas que são tolas, fúteis, conscientemente ignorantes.
Eu quero espaço, eu quero movimento, eu quero que aconteça, eu quero ver, ouvir, gritar, eu quero sentir, eu preciso estar lá. Mas lá aonde?

Bem vindo a nossa geração

Liberdade de expressão. Repressão social. Estética. Moda. Aparência. Saúde. Corpo. Beleza. Dieta. Anorexia. Superficialidade. Drogas ilícitas. Anti-depressivos. Consumismo. Padronização. Gente colorida. Sertanejo universitário. Massa manipulável. Vontade predestinada. Alienação. Rebeldia comercial. Adolescência aos 11. Banalização. Futilidade. Preconceito. Ignorância. Ovelhas negras. Exceções. Underground. Verde. Camada de ozônio. Dióxido de carbono. 2012. Mentiras. Jornal Nacional. Veja. Novela. Anti-política. Corrupção. Dessinteresse. Submissão. Estresse. Dinheiro. Ganância. Poder. Sucesso. Capitalismo. Internet. Comodismo. Concordância. Conformismo. Desapego. Sem ideais. Sem utopias. Sem esperanças. Realidade cega.

Anarquia

Anarquia é o topo, é o crème de la crème, é o ideal supremo, é o fim, não há nada mais a alcançar numa sociedade anarquista. Basicamente: igualdade e liberdade, em seus sentidos mais puros e intensos. Todos são iguais, pouco importa até as coisas mais óbvias, como orientação sexual ou religiosa (aliás, nesses termos, nem haverá mais religião alguma). É um estado pleno, de paz. Parece loucura relacionar anarquia com paz, mas uma vez em que todos são anarquistas e compreendem o que isso significa, não faz sentido haver algo a mais do que a paz em sua concepção mais profunda. O termo significa a abolição de toda forma de poder e anulação das regras. De qualquer maneira, num estágio intelectual onde se é capaz de compreender a anarquia e, principalmente, se é capaz de viver através dela, o governo e as leis são, de fato, inúteis. Todos podem fazer o que bem entenderem, mas terão que arcar com as consequências, pois o outro também tem o direito de agir como lhe convir. Essencialmente, não há nada que possua o direito que manipular as pessoas, estipular ordens e ditar o que é certo e o que é errado. Nascemos livres, não há nada que possa intervir nisso. Mas, como não poderia deixar de ser, só seria sustentável a partir do ponto em que as pessoas conseguissem conviver pacificamente com isso. Além de leis, no mundo anarquista também não existiriam fronteiras, é tão estúpido estipular territórios delimitando países diferentes, os quais passarão a existência inteira tentando ser melhor que os outros. Ainda mais num contexto completamente igualitário.
Obviamente, é impossível implantar uma sociedade assim nos dias de hoje. Não é questão de instituir o anarquismo de uma hora para a outra. Ele é parte da evolução da sociedade, e assim, gradualmente, ele vai se infiltrando. Uma hora chegará o dia do seu triunfo colossal sobre tudo o que já existiu antes. Para as massas de hoje, contituídas por fervorosos capitalistas, o anarquismo é loucura, é baderna, é o caos. E se fosse vigorado pelas pessoas dessas massas de fato seria tudo isso. Estamos muito (muito mesmo) longe de alcançarmos essa sociedade, ainda completamente utópica. No máximo, podemos especular sobre. O importante é ir quebrando preconceitos estabelecidos pelo frágil e corrupto sistema atual, e modifica-lo da maneira que for possível dentro de seus próprios padrões.

Porque o comunismo é utopia

Existem quatro tipos de pessoas (em ordem quantitativa decrescente):
1) as que pensam que comunista come criancinha e faz bruxaria.
2) as que não realmente sabem o que é o comunismo.
3) as que defendem a revolução socialista imediata e radical - tipo aqueles partidos de esquerda, que obviamente nunca irão se eleger para um cargo mais significativo.
4) as que idealizam o sistema comunista, mas compreendem sua incapacidade de vigorar nos dias de hoje.

Bastante se ouve falar que o comunismo só é bonito no papel. De fato, sua organização e seus ideais são exemplares, não há pessoa sensata que não concorde. Porém, infelizmente, a maioria dessas pessoas sensatas não conseguiriam viver nesse sistema. Imagine então as não-sensatas.

Até algumas décadas atrás houveram revoluções de caráter socialista em vários países ao redor do mundo: Rússia e leste europeu, Cuba, China, Coréia do Norte... Porém, não durou muito. Em 1991 foi oficializado o fim da URSS, basicamente devido ao fato de que as pessoas não aguentavam mais viver naquela ditadura onde tudo era racionado. Com o último governo, mais democrático, foi aberto espaço para o colapso final. As pessoas simplesmente não queriam mais viver daquela maneira, basicamente, por que não eram socialistas, não compreendiam nem defendiam os ideais, o governo simplesmente ditava como deveria se viver e pronto. A única maneira de impor um sistema, como obrigação indiscutível, é através do totalitarismo, e foi isso que aconteceu no século passado. O que vimos foi a distorção do que foi inicialmente idealizado, tornando-se insustentável frente ao mundo capitalista.

O problema é que as pessoas são capitalistas. A mente do ser humano em seu estado evolutivo decadente atual favorece muito mais um sistema onde se pode acumular bens, ser (ou se achar) melhor que o outro e ostentar isso mundo afora, do que numa sociedade igualitária, onde tudo é de todos. O comunismo é bom, o ser humano é que não o é. Ainda. Eu acredito naquela história de evolução contínua da humanidade, acho que um dia estaremos aptos a fazer vigorar esse sistema, com sucesso e sem distorções, em escala global. O homem comunista é o ideal máximo, ele é bom por natureza, só sendo ultrapassado pelo anarquista. Mas a sociedade tem que acompanhar o homem, que só pode ser progressivamente modificado por ela. Revoluções e protestos radicais só são bons para dar aquele choque, mostrar que há um outro caminho. Só que eles geralmente causam medo na população.

Há maneiras de implantar um sistema mais igualitário, de maneira progressiva, dentro do sistema capitalista e do formato de governo atual. Através de pequenas conquistas contínuas, aos poucos, a mente geral vai se adequando à esquerda. Para ver o socialismo florescer como bem deve ser, é essencial que as pessoas sejam socialistas por opção, por que se concientizaram e querem viver daquela maneira. Aí sim, não precisaremos de nenhum Stálin ou Mao pra domesticar o povo.

A beleza do ceticismo

"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
Douglas Adams


O planeta, a natureza, o ser humano, tudo isso evoluindo no mesmo compasso, na mais bela harmonia, século após século é simplesmente extraordinário. O homem não é especial, nem precisa crer em alguma entidade superior que o faça sentir dessa maneira, como se fosse a raça dominante que pode mandar no mundo, muito distante e acima dos outros animais. Não consigo enxergar nenhum brilho nisso. A beleza está em compreender que tudo se entrelaça, que somos apenas uma peça no quebra cabeça. Todas as espécies, organismos, minerais e cada molécula que existe no mundo compartilham uma relação de dependência que, quando em equilíbrio, funciona numa espetacular sincronia, em caminho ao aperfeiçoamento, a evolução, em todos os sentidos. O diferencial é que, de acordo com a situação da Terra nessa última parcela de milênios, o ser humano demonstrou se a espécie que melhor adaptável, desenvolvendo mecanismos excepcionais, sendo o mais decisivo deles a mente racional. E é isso, só isso. Vale relembrar que essa parcela de tempo a que me referi é praticamente insignificante ao levar em conta o período de existência do planeta. Podemos enumerar situações passadas ou possíveis em que a vida humana é impossível, como as eras de congelamento que a Terra enfrenta de tempos em tempos. Até que então, há mais ou menos dois insignificantes milênios, cria-se uma doutrina que em tese detona tudo isso e que passa a agir com ambição de converter o planeta inteiro sob a sua crença. Mas para quê crer que Adão foi feito de barro e ganhou vida através de um sopro mágico? Isso perde completamente o sentido ao ser explicado de maneira profunda e coerente, através da ciência. Por fim, ao contrário do que muitos crentes defendem, crer na verdade e na evidência não tira o a beleza de nada, apenas a mágica.

O complexo de superioridade humano é um grande entrave para a harmonia planetária, o homem chegou ao ponto de encarar o mundo como algo que está em suas mãos, que pode manipular e modificar segundo suas ambições, extraindo dele tudo o que desejar. Mas não é bem assim que funciona, essa maneira de agir e pensar não é sustentável. Nesse aspecto, o ser humano tem que voltar ao pensamento primitivo, em que se enquadrava ao meio como parte integrante de algo maior, ao qual pode interferir, desde que não comprometa o funcionamento geral. Hoje, falta essa compreensão do mundo como um todo, das modificações naturais que ele desenvolve e também das que são negativamente causadas pela ação humana. O atual modo de encarar a vida na Terra remete a filosofia do antopocentrismo que, embora muitissímo melhor que seu antecessor, o teocentrismo, se mostra drasticamente antiquada aos padrões de conhecimento que o homem moderno atingiu.

Carne

Já inventamos o fogo e até aprendemos a cozinhar vegetais através dele. Até então nosso cardápio se baseava em carne - afinal, raízes cruas não parecem um boa idéia, ainda mais que naqueles tempos as espécies vegetais ainda não tinham sido modificadas por seleção manipulada pelo homem, então eram bem mais rígidas e... feias. Mas quando aprendemos a cozinhar nossas batatinhas e cenouras, nosso organismo passou a se adaptar para a digestão desses alimentos, que do ponto de vista evolutivo, são mais vantajosos pois sua produção é bem mais rentável e fácil do que a de carne. Darwin ensinou que nosso organismo, assim como qualquer outro, é adaptável, e fomos adaptados a crescer e nos desenvolver fazendo uso do que estava disponível, ou seja, carne. Acredito que estamos num processo de transição para uma alimentação mais vegan e que cada vez menos dependemos das proteínas animais. Faz sentido, pois de fato a produção de cereais e demais vegetais é muito mais sustentável. A criação de gado/frango/porco exige muito mais espaço, é menos rentável e até é poluente! Além disso, a maneira de como produzimos nossa carne é cruel demais. Os outros animais são animais assim como nós, mas devido a síndrome da superioridade humana, nos sentimos no direito de aprisioná-los em superlotadas criações extensivas pala vida inteira até que já estejam bem gordinhos e suculentos para então abate-los da maneira mais eficiente possível - sim, praticamente um genocídio animal. Já falei que tá na hora do ser humano parar de pensar que é o dono do mundo! Mas enfim, o fato é de que isso tudo tá muito errado e precisa mudar. É preciso que a concientização de que não precisamos nem devemos ingerir carne em quantidade todo dia adentre nas cabecinhas humanas de todo o mundo. Tudo bem que você adora uma carne, mas deveria ser inteligente o suficiente para que a razão prevalecesse, afinal, o quadro atual não é nada sustentável.

We need no education

Acabei de jogar fora pilhas de provas e trabalhos dos meus últimos anos da escola. Isso me deu um vazio, me senti tão inútil. Eu de fato estudei para (a maioria) daqueles testes e perdi tempo com aqueles trabalhos, quebrei a cabeça pra entender certas coisas que hoje nem me lembro mais. Tudo isso pra quê? No máximo o papeleiro ganhará alguns trocados.
Ainda há os cadernos acumulados desde o jardim de infância, aos quais alguns até dediquei certo esmero - pura perda de tempo -, devo ter uma infinidade deles, só esperando para serem jogados fora. Na real, é praticamente minha vida inteira indo pro lixo!
Agora imagine isso acontecendo com todas as crianças e adolescentes da sua escola, das escolas da sua cidade, do seu país e até do mundo inteiro - ou de boa parte dele. É muito lixo! E o pior, é um lixo inútil! - Fora todo o conhecimento inútil de que está carregado!
Além de revolucionar o ensino precário e, como não poderia deixar de ser, inútil - até funcionando como um empurrãozinho para que isso aconteça -, digo que já está mais do que na hora do uso de computadores ser implantado na educação escolar, em período integral. Não só no Brasil, mas também em todos os nossos camaradas terceiro-mundistas onde isso ainda não é realidade.

Religiosidade não é educação

Há uns dias atrás, ouvi uma colega contar que foi elogiada pela professora ao encontrá-la na igreja no domingo pela manhã, dizendo que a juventude não estava perdida. Mas pior ainda foi ler, na superestimada revista Capricho (é de se entender, afinal, era aula de física e ainda afirmo que a matéria com o Cine me rendeu ótimas risadas), o depoimento de um garoto de 15 anos, contando que havia engravidado uma menina, mas não conseguia compreender como. Ele dizia que haviam feito tudo “direitinho”, inclusive não usando métodos contraceptivos, camisinha e pílula, os quais “o papa não gosta”. Francamente, que tipo de conscientização é essa?


Esses dois acontecimentos me fizeram pensar sobre... O fato é o de que ainda está muito forte a idéia que vincula diretamente a Igreja à boa conduta, de que o quem a freqüenta é necessariamente alguém respeitoso e bem educado. Isso não tem NADA a ver. É claro que em tempos remotos, onde ainda éramos praticamente bárbaros, a Igreja Cristã exerceu importantíssima influência, assim como mais tarde, monopolizando e bancando o sistema de ensino por longo tempo. Sem ela não teríamos Mendel, sem Mendel não teríamos Darwin! Porém, hoje, ela está mais para um entrave nesse meio. A partir do momento em que a ciência passou a ser estudada com maiores detalhes, revelaram-se inúmeras contraposições com o que pregam os bons cristãos, e muitos deles se voltaram contra a difusão científica, como se percebe na proposta de proibir o ensino da evolução darwiniana nas escolas norte americanas.

Sim, a Igreja foi ótima para que passemos a conviver pacificamente em sociedade, mas hoje, definitivamente, não é necessário freqüentar uma Igreja, nem mesmo crer em um ser superior, para ser uma pessoa do bem. Muitas vezes os ateus são mais pacíficos do que os crentes, até pelas inúmeras e violentar guerras motivadas pelo fundamentalismo. Eu posso muito bem não crer no Deus católico e mesmo assim ajudar uma velhinha a atravessar a rua. Ao contrário do que foi e é difundido pelos meios religiosos, ou pelo menos permanece impregnado no imaginário popular, o ateu não é necessariamente de má índole ou um rebelde comunista (valeu Mussolini!), muito menos vai arder no fogo do inferno. Ele simplesmente não tem porque ser mais vulnerável a tomar aspectos negativos em sua personalidade do que qualquer religioso (apenas evidentes tendências a ser mais inteligente e não tornar-se pai aos 15).

A maior invenção de todos os tempos

O dinheiro não existe! O que faz uma nota de papel valer os 50 reais nela impressos? Afinal, ela é que não vale tudo isso. Há décadas atrás, havia o padrão ouro do dinheiro, pelo menos quanto ao dólar, que fazia cada nota impressa remeter a quantia referente de ouro, mas para acabar com a crise de 29 o governo usou esse ouro para bancar a reconstrução da economia. Agora se imprimem mais e mais notinhas verdes sem ter nada que as faça valer o que valem. Como assim? O mundo inteiro gira em torno que algo que não existe, algo abstrato, que foi inventado. Sinistro hein.

E as bolsas de valores então! Naquelas telonas aparecem os valores absurdamente altos das ações das grandes multinacionais, há investidores comprando e vendendo cotas enormes a cada instante. Mas de onde vêm todos aqueles números? Cadê aquele dinheiro? Pois é, não existe. Tudo depende da confiança mútua entre os investidores de que aquilo vale alguma coisa. É, sinistro hein.

O sistema capitalista depende dessa rede de confiança, se algo dá errado já abala a economia de meio mundo por causa de uma coisa que nem existe mesmo. Isso tudo parece tão frágil, a ponto de entrar em colapso a qualquer instante. E eu não vejo a hora.

Ensino vacilante

Sim, somos obrigados a aprender inúmeras coisas irrelevantes no colégio, é fato e não há o que discutir. O currículo escolar é vasto demais e não respeita as habilidades individuais, afinal, cada um tem facilidade para certas áreas ao mesmo tempo em que falta em outras. Obviamente, quem é ótimo com números, mas não consegue compreender de maneira alguma os processos químicos, jamais vai trabalhar com algo relacionado à quimica no fututo, vai ser engenheiro, contador, ou algo que coincida com suas aspirações. Para casos como esse, passar anos sendo forçado a estudar minuciosamente matérias com as quais não possui aptidão alguma é, além de inútil, massante. Não é a toa que estudar é sinônimo de tortura para tantos jovens.

No capitalismo sustentável, a educação, além de prioridade universal, seria organizada de maneira distinta de como é hoje. O ensino fundamental seria semelhante ao atual, duraria 3 anos (dos 8 aos 11) e estaria voltado para a apresentação básica de todas as disciplinas, com o objetivo de fazer o estudante perceber quais são suas melhores e piores áreas. Já o ensino médio, também com 4 anos (dos 12 aos 16), seria montado com base direta nas habilidades do estudante, que poderia se aprofundar bastante em suas áreas de interesse. Como consequência, os professores seriam muito mais motivados e as aulas seriam muito melhores, pois os alunos estariam realmente interessados em aprender. Modelos parecidos já ocorrem em alguns países, mas o Brasil ainda está para trás.

Eu ODEIO física, detesto mesmo. Para mim é algo completamente abstrato, não existe, é mágica! Não consigo compreender como pode haver alguma coisa se refletindo atrás do espelho, afinal, não há nada atrás do espelho! Por outro lado, sou fascinada por biologia. Tenho uma baita facilidade para aprender, e até vou atrás de mais coisas além do currículo escolar. Logo, quero trabalhar com biomedicina (que, para a minha infelicidade, até apresenta uma cadeira relacionada a física) e não com engenharia! É claro que noções básicas de física, como sobre energia gravitacional, força, etc. são necessárias e até podem ser aplicadas sutilmente no dia a dia, mas convenhamos, entender como é o comportamento da fibra óptica é bobagem! (a não ser que você se encante com o jeito os raios se refletem incessantemente de maneira com que fiquem presos dentro do cano e não consigam nunca mais de lá sair - ok, você é louco mas eu o respeito)

Mas como mudar num país onde os governantes não dão a mera importância para o que é ensinado na escola?

Orgulho imbecil

F-Ú-T-I-L


O que mais importa gira em volta das aparências, direta ou indiretamente. Modelos, padrões, medidas, moda, classe - tudo isso vigorando em imersão na mais pura estupidez. A mídia entope a cabeça das pessoas de tal maneira que ser fútil é normal, é o padrão, e as pessoas se deixam manipular, estranhamente aparentando gostar disso. A moda foi criada como uma maneira de poder mostrar que se é mais rico que os outros, seu único objetivo é promover a mais ridícula ostentação possível.


Porra, vamos dar importância para o que é importante, os valores estão invertidos! Foda-se a última moda, não quero saber qual é a cor da estação nem quais são os sapatos da nova coleção! Há tantos governadores corruptos roubando o dinheiro do povo e lhe enganando, há tanta gente que não sabe escrever o próprio nome, miseráveis moradores de rua que passam fome, há tantas guerras injustas sendo travadas nesse exato momento, há tantas descobertas científicas importantíssimas, há tanta coisa importante acontecendo, mas de que importa se você não liga para tudo isso do mesmo, a televisão te deixou cego. Tudo gira em volta de você e das pessoas que você convive, e isso é tudo com que você se importa na vida.

Te liga, imbecil! Abre os olhos, o mundo é maior que teu quarto!



Otário - Calibre 12

Você playboy otário
Que só pensa em carro e festa
É um otário que não presta
Alienar-se é o que te resta
Você nem imagina
Quanta gente passa fome
Nas quebradas das favelas
Tentando sobreviver
Não pensa não trabalha
Só consome e se aliena
Não contesta o que te empurram
A moda guia o seu rolê
Vazia é a sua vida
Do seu lado uma vadia
Que só tá aí do seu lado
Tentando explorar você
Mas você não sabe
Que chapar não é saída
E que o governo se diverte
Com sua mente distorcida
Um alienado é mais fácil controlar
Não protesta não contesta não consegue enxergar

Sweet alienated dream

Cinco anos, seu primeiro dia na escola, o lugar que mais freqüentará até seus dezessete. Serão doze anos naquele lugar para no fim um só objetivo ser alcançado: passar no vestibular. É isso que lhe ensinam e é isso que seus pais esperam de você, seus professores, seus amigos e seu cachorro esperam isso também. Enfiaram na sua cabeça que você tem que ir bem nessa prova, deve se esforçar ao máximo, estudar horas, dias, semanas a fio, não dormir direito nem comer, não pode ir a festas, namorar, se divertir. Ah, e o mais importante: em momento algum deixe de ter em mente que sua vida toda depende desse teste, é o momento crucial, o mais importante que você há de viver. Mas tudo isso vale a pena, você será recompensado, afinal, se tornará um bom profissional, um cidadão modelo, alguém “importante”. O plano que a sociedade desenhou para você é esse: estude muito, passe no vestibular, entre na faculdade, seja um “profissional de sucesso”, ganhe muito dinheiro, gaste mais dinheiro ainda, tenha uma família perfeita, se vista sempre com as últimas tendências, tenha todos os lançamentos eletrônicos e uma casa enorme com um carrão na garagem. Alguém se importa com o que VOCÊ quer? O que deseja fazer da vida? Quais são os seus sonhos? Qual é o seu sabor de pizza favorito? Não. Provavelmente você nem vai parar para pensar muito nisso. Afinal, para quê faze-lo se a sociedade já desenhou o seu estereótipo utópico? Lá está ele, prontinho, cuidadosamente planejado, perfeito, lindo, cheiroso, falso. No fundo, todos correm cegamente atrás do mesmo ideal. Mas jamais o alcançarão, pois ele não existe. Sim, é uma farsa, uma invenção. Aliás, você é apenas um grão de areia, ninguém dá muita bola pra você nem está preocupado com o seu bem estar. O autor disso tudo? Ninguém sabe, ninguém conhece, ninguém viu. É a mão oculta que move o mundo no compasso do mais selvagem capitalismo. E você é apenas mais um dançarino.




Ainda me lembro aos três anos de idade
O meu primeiro contato com as grades
O meu primeiro dia na escola
Como eu senti vontade de ir embora
Fazia tudo que eles quisessem
Acreditava em tudo que eles me dissessem
Me pediram pra ter paciência
Falhei
Gritaram: - Cresça e apareça!
Cresci e apareci e não vi nada
Aprendi o que era certo com a pessoa errada
Assistia o jornal da TV
E aprendi a roubar pra vencer
Nada era como eu imaginava
Nem as pessoas que eu tanto amava
Mas e daí, se é mesmo assim
Vou ver se tiro o melhor pra mim.

Me ajuda se eu quiser, me faz o que eu pedir
Não faz o que eu fizer
Mas não me deixe aqui
Ninguém me perguntou se eu estava pronto
E eu fiquei completamente tonto
Procurando descobrir a verdade
Nos meios das mentiras da cidade
Tentava ver o que existia de errado
Quantas crianças Deus já tinha matado.

Beberam o meu sangue e não me deixam viver
Têm o meu destino pronto e não me deixam escolher
Vêm falar de liberdade pra depois me prender
Pedem identidade pra depois me bater
Tiram todas as minhas armas
Como posso me defender?
Vocês venceram essa batalha
Quanto à guerra,
vamos ver.


(Grande Renato!)

Mi querida América Latina

A América Latina, a partir do primeiro contato com o europeu, conheceu o significado sobre a "importância de não nascer importante" - como diz Eduardo Galeano em As Veias Abertas da América Latina. A prata, o ouro, a terra fértil, a biodiversidade, todas essas belas riquezas naturais, acabaram por trazer pobreza e miséria. A história da terra latina está marcada pela exploração e submissão aos colonizadores, sendo que até hoje é manipulada de acordo com os interesses dos países ricos. Todas as feridas continuam abertas, pois não puderam citatrizar e agonizam até hoje. O cruel passado de submissão se reflete no subdesenvolvimento de hoje, ao ter estancado o desenvolvimento, impedindo andar passo a passo com o ritmo mundial.
Porém, ainda não conseguiram nos derrotar, já assassinaram os brilhantes maias, já arrancaram a prata de Potosi, já extraíram todo o ouro, já devastaram o nordeste brasileiro, já instituiram terríveis ditaduras, já manipularam a mídia... Mas continuamos aqui, ainda em pé, por que nosso continente tem muito para dar certo. O maior empeçilho é o fato de a população ser, em massa, ignorante, pois o que precisamos são pessoas inteligentes para eleger e para governar. Ou então, poderíamos fazer uso de algo intantâneo, como uma revolução, liderada pelas mentes progressitas de hoje.
O esquema teria uma importante inspiração no socialismo, pois seria como se toda a América Latina fosse uma coisa só, apenas dividida para melhor organização geopolítica e controle governamental. A moeda seria única e todos teriam o direito de ir e vir entre os países, praticamente uma aniquilação de fronteiras. É burrice esse negócio de nacionalismo, de defender o seu país, tê-lo como o melhor de todos e rejeitar os outros, isso não faz mais o menor sentido. Incomparavelmente, vale mais a pena agarrarmo-nos a causa maior da internacionalização. Para quê odiar os argentinos, bolivianos, chilenos, uruguaios ou mexicanos se todos juntos somos extremamente mais fortes?
Cada país deveria desenvolver e investir em áreas específicas, aquelas para as quais já predispõe de condições favoráveis, seja por tradição ou aspectos naturais, como acontece com o petróleo do Pré-sal e o venezuelano, o vinho chileno, o gado e laticínios argentinos, o turismo característico de cada lugar... Assim, trabalharemos como uma rede mutualística, onde os países precisam das importações vizinhas para o consumo interno, criando um sistema de sustentabilidade para a economia de todos, pois já possuiriam exportações garantidas e estáveis. Também seria importantíssimo investir em elos de ligação entre os países, principalmente por vias férreas, mas também rodoviárias e aéreas, para efetivamente conectar todo o território de uma maneira eficiente.
Um sonho ainda mais utópico é transferir esse sistema para o mundo inteiro, onde ideais igualitários fossem o princípio primeiro e todas as nações convivessem em harmonia, numa grande conexão de sustentabilidade.

Deus não gosta de você

Você já parou pra pensar na idéia de que talvez Deus não esteja nem aí para você? Ou você acha que ele tem tempo para ficar de olho tomando conta dos milhões de habitantes da Terra? Claro que não! Deus gosta das pessoas ricas, ah sim, essas ele ajuda... É só notar que as mesmas estão sempre bem, nunca lhes falta nada, a graça divina ilumina todos os seus dias (e dólares). Já o resto, é resto. Volta e meia Ele dá uma forcinha pra uma pobre a alma aqui e ali, só para que o povo não perca a Fé mesmo, mas nada que tome muito do seu tempo. Afinal, quem “construiu” em 7 dias o que a natureza por si só levaria milhões de anos, merece passar a eternidade em férias. Imagine só a capacidade do cara para construir os olhos de uma águia! Ele tinha que ser um super mega power gênio mesmo, ainda mais por que isso não poderia ter lhe tomado mais que alguns minutos, tento em vista tudo mais que lhe restava para fazer em apenas uma semana. E assim, com sua varinha de condão e seu pozinho mágico sabor tuti fruti Papai do Céu, o arquiteto do Universo, onipresente, onipotente e onisciente, imagina e constrói as coisas: a imensidão de espécies da floresta amazônica, os mares, os fenômenos físicos e químicos, o Sol, o aquecimento global, as pirâmides do Egito, os monumentos sumérios, o dilúvio, milhares de guerras, a bomba atômica, o CD da Kelly Key, entre outras milagrosas façanhas. Mas, acorde! Não, Ele não gosta de você, Ele não gosta do seu vizinho, do seu cachorro nem da sua planta. Ele não vai ter pena de você se ralar o joelho ou se for assaltado numa favela do Rio. Na real, Ele não gosta de ninguém nem tem pena de ninguém. Na real Ele nem existe, mas quem se importa? Você nem deveria dar bola para Ele, esqueça de Sua (in)existência e viva sua própria vida, seja feliz, use camisinha, se realize e peque bastante! Você não precisa louvá-lo, nem ir à missa todos os domingos, muito menos fazer jejum 2984798347 vezes por mês, nem rezar antes das refeições, antes de dormir, ao acordar, enquanto anda de carro ou durante o banho, só porque alguém um dia disse a você que louvando um Deus (inexistente) e todos os seus santos (inexistentes) você irá para um lugar (inexistente) bem bonito quando seu cérebro parar de funcionar.
Para que acreditar numa coisa surreal só por acreditar? Como se reconfortar nos braços de uma entidade mágica (inexistente) que não explica nada e só complica as coisas? Por que não se voltar para uma explicação coerente? Se Deus não gosta de você, mostre que você pode se virar muito bem sem Ele.

Um grão de areia

Acho o máximo refletir e perceber que não somos praticamente NADA na história do mundo e mesmo assim costumamos achar que somos TUDO. Nesses últimos dois mil anos não fizemos nada de muito surpreendente, até por que o que são míseros dois milênios para a imensidão de tempo da existência da Terra? Os sumérios, por exemplo, foi um povo muito antigo que viveu do outro lado do oceano, cuja origem é para nós ainda desconhecida, que existiu por surpreendentes 24 mil anos e construiu artefatos envolvendo alta engenharia usando técnicas igual ou mais avançadas do que as de hoje. Nós temos ciência de um pedaço muito pequeno e bem superficial da história do mundo, de fato, (ainda) não sabemos de muita coisa. Eram nascem, Eras acabam. Assim gira o mundo. Nós não somos os primeiros nem os últimos a reinar sobre o planeta Terra. Nós não somos especiais e nem somos tão inteligentes assim. Há muito do que não sabemos, mas devemos nos empenhar para descobrir. Muito do que está aí nossos olhos simplesmente não conseguem interpretar, mas isso não quer dizer que não exista. Energia, que porra é essa? Energia cinética, elétrica, mecânica, luminosa... Cadê? De onde surgiu? Quem pode provar que ela existe se ela não é identificável à nossa visão? Mas não existe mágica, todo e qualquer misticismo é uma farsa. O que existe, existe e o resto é mentira. Todo o conjunto de eventos da natureza, todos os fenômenos químicos, físicos, biológicos, tudo isso é verídico. Tudo tem seu tempo, estamos sim progredindo e o mundo não irá acabar em 2012. Sim, há muita coisa errada, muita gente que atrapalha o progresso, muita gente ignorante mesmo. Mas, afinal, para apenas dois milênios até que não estamos indo tão mal assim, não é?

Simplesmente ADN

"Retomando a o início pessimista deste capítulo, quando a função de utilidade – aquilo que está sendo maximizado – é a sobrevivência do ADN, isto não é uma receita de felicidade. Enquanto o ADN estiver sendo transmitido, não importa quem ou o quê sai prejudicado no processo. É melhor para a vespa ichneumon de Darwin que a lagarta esteja viva , e portanto fresca , ao ser comida, não importa o custo em sofrimento. Os genes não se importam com o sofrimento, pois eles não se importam com nada.
Se a natureza fosse caridosa, ela farria pelo menos a pequena concessão de anestesiar as lagartas antes que fossem comidas vivas de dentro. Mas a natureza não é caridosa ou cruel. Ela não é a favor nem contra o sofrimento. A natureza não está interessada de uma forma ou outra no sofrimento, a menos que ele afete a sobrevivência do ADN. É fácil imaginar um gene que, digamos, tranqüilize as gazelas quando estas estão prestes a levar uma mordida mortal. Tal tipo de gene seria favorecido pela seleção natural? Não, a menos que o ato de tranqüilizar a gazela aumentasse as chances de propagação do gene para as gerações futuras. É difícil ver porque isto deveria ser assim, e podemos, portanto supor que as gazelas sofrem uma dor terrível e sentem medo quando são perseguidas até a morte – como a maioria delas finalmente são. A quantidade total de sofrimento anual no mundo natural está além de toda a contemplação decente. (...) Isto deve ser assim. Se algum dia houver um tempo de fartura, este fato por si só conduzirá automaticamente a um excesso populacional até que o estado natural de fome e miséria seja restaurado.
(...)
O ADN não sabe e nem se importa. O ADN apenas é. E nós dançamos de acordo com a sua música."
(O rio que saía do Éden, Richard Dawkins)


DAWKINS, EU TE AMO!



(Só para constar: a palavra Dawkins deve ter entonação no "Daw", ficou claro Gininha?)

Só uma fase o caralho!

Não! Rock não é uma fase, pelo menos para mim, não é! Punk rock é forte demais para ser passageiro, vai além de um período de rebeldia, é uma luta constante em defesa de seus ideais. Mas se você não conhece a ideologia, não compreenderá o que estou falando. E aquele que é um ex-punk com absoluta certeza jamais teve uma ideia verdadeira e esclarecida sobre o punk.
A ideologia fica impregnada no indivíduo e não há igreja, namorado ou família que a arranquem dele. É claro que o punk rock way of life de alguém pode ficar por um tempo mais quietinho, mas nunca deixará de se manifestar e muito menos desaparecerá. Punk rock não é pagode, não é pop, não é RBD, não é Jonas Brothers. Vai muito (muito!) mais longe. Tem a ver com identificação: você escuta, curte, se identifica, e a partir daí já era, o negócio fica impregnado no seu ser - para sempre, e não apenas até o proximo sucesso da MTV. Tem a ver com ser você mesmo, fazer e pensar do seu próprio jeito. Tem a ver com criticar, querer mudar, chocar, chamar a atenção, fazer acontecer. Claro que você pode ouvir punk rock "só pelo som" - mesmo que me pareça meio insensato -, só que nesse caso, você será no máximo um fucked poser.
Acredito que a maioria dos que comigo convivem devem pensar que estou apenas numa "fase". Mas o que estou dizendo é que sim, obviamente um dia eu pararei de pintar meus cabelos de verde e deixarei de lado meu All Star de todo dia, mas não, isso jamais significará que minha suposta "fase" passou. Minhas ideias permanecerão onde sempre estiveram. Estereótipos existem, e merecem ser ignorados, podem tanto ser um reflexo natural como uma maneira forçada de se parecer com que não se é. Punk rock não é apenas moicanos, raiva e rebites.
A alma punk é indestrutível. É a essência intensa e feroz. Não é inibalável, mas é eterna. Não é poética nem agradável, é pura e simples. É a resistência, talvez sufocada, mas sempre presente numa porção de mentes perturbadas ao redor do mundo. É como a molécula de ADP, constante nas células, mas que precisa de apenas um P a mais para se tornar a vital bomba de energia que é o ATP.

Rise Against

"Na parede de um botequim em Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: ainda existe gente que canta, ainda axiste gente que brinca."
Eduardo Galeano

Ao ler, mais uma vez, tal frase no meu caderno de história, me inspirei para deixar um registro aqui. O (grande mestre) Eduardo Galeano se expressou de um modo mais poético, mas ainda com a mesma essência, venho defender a importância em existir a ala do contra, a oposição. São essas pessoas que impulsionam o mundo a girar e fazem as coisas acontecerem, seja criticando, desobedecendo, refletindo, contradizendo, discutindo... Enfim, demonstrando que sempre, sempre há um outro meio de fazer, um caminho diferente a tomar, uma nova possibilidade, uma segunda opção.
É pequena a parcela da população capaz de pensar pela "esquerda", pois como regra, as pessoas apenas usufruem a praticidade de absorver instantaneamente o que lhes é repassado, ainda mais intensamente com o crescimento da mídia e aquela kal toda de manipulação em massa. Por outro lado, sempre existiram e, creio eu, sempre existirão aqueles que contradizem, mesmo que vivêssemos na ditadura do Grande Irmão (vide 1984). Já faz parte da natureza humana essa essência desbravadora, intencionada a descobrir novos meios para fazer do melhor jeito, do seu jeito. Na verdade, aprendemos a ser assim pela seleção natural. Imagine só se todos os humanos fossem simples autômatos inertes... Nunca teríamos descido das árvores! Não existiria nada do que hoje vivenciamos por civilização. Não teríamos inventado fogo, nem roda, nem música, nem cachorrinho de estimação, nem calças jeans, nem Brasil, nem EUA, caneta, televisão (não que isso fosse algo ruim) ou escovas de dentes! Claro que isso não é aplicável na atualidade, mas a essência, o jeito de agir e de pensar, continuam os mesmos, é esse "instinto alternativo" que se faz tão importante.
A ciência é baseada nisso, os grandes cientistas foram os que provaram que o outro estava errado, tanto Darwin ao derrubar Lamarck, como Pasteur o fez com Aristóteles e Copérnico com a Bíblia, por mais que as teses antigas já fossem amplamente aceitas. Mas também não há mal nenhum em errar, pois errando se dá a base para um próximo acertar, o importante é observar, criticar e agir.
Então, vida aos Guevaras e Darwins da nova geração!

Hipocrisia Festiva

O Natal, a Páscoa e os tantos outros feriados pseudo-religiosos são aqueles belos momentos nos quais repentinamente a nossa alma cristã vem à tona, a nossa bondade aflora de um lugar que nem sabíamos existir e os nossos momentos reflexivos então, nem se fala... O que deveria ser um período agradável, onde deveríamos refletir sobre as coisas da vida, partilhar sentimentos bons e celebrar o nascimento do nosso salvador (coff coff), se converteu num ótimo motivo para fazer a bela máquina capitalista funcionar à todo o vapor. Os ditos feriados reflexivos da Igreja Cristã tornaram-se comerciais ou, na melhor das hipóteses, apenas um dia sem escolas nem trabalho. Onde está o jejum e a reflexão na sexta-feira santa e na Páscoa? Ninguém sabe! Então, nos empanturramos com chocolate! Depois de ouvir tantos comentários ridículos e perguntas idiotas com críticas aos ateus que fazem feriados religiosos, me pergunto quem será o mais ignorante, afinal, aqueles que os fazem quase nunca sabem o motivo desses feriados! Além disso, nem temos a opção de ir à aula ou ao trabalho, pois, infelizmente, vivemos em uma sociedade pseudo-cristã e, diga-se de passagem, altamente capitalista. Por esses motivos continuamos celebrando essas datas e exaltando o nosso bom deus, o Capital.
Essencialmente, não há nada de errado em não cultivarmos o sentido religioso dessas datas, até me arrisco a dizer que isso é ótimo! Faz parte da evolução da sociedade, gradativamente, deixar de lado esses rituais, dogmas e misticismos, que são as bases das religiões cristãs, e se voltar ao concreto e verídico. Por isso é que exijo um Estado laico! Chega de feriados hipocritamente cristãos, é hora de assumir uma postura cética no âmbito governamental. Não estou defendendo nada relacionado à abolição ou proibição das atividades religiosas, mas defendo a livre opção quanto participar de uma religião num Estado que não imponha nenhum tipo de culto religioso sobre a população. Basta de “Deus seja louvado” nas cédulas de dinheiro e missas em festas municipais! Não precisamos de um presidente que coloque a segurança dos vôos nas mãos de Deus! Chega de aulas de ensino religioso e de padres benzendo obras públicas! E para finalizar, como não poderia deixar de ser, chega de feriados (hipoteticamente) religiosos! É claro que a sociedade deve usufruir de feriados para relaxar, levando em conta o caos e a correria que atingimos no século XXI. Mas comemorar o nascimento, a morte, a ressureição e tudo mais sobre a vida de um homem cuja existência nem mesmo pode ser comprovada, em datas inventadas e impostas pela Igreja, seria plausível apenas na era medieval! Hoje, isso configura algo insano, é hora de lutarmos para que uma postura laica seja efetivamente tomada pelo Estado. Vamos comemorar datas importantes para o país e toda sua população ou, até mesmo, nenhuma data em especial, subvertendo de vez o atual quadro de festividade hipócrita.
A separação da religião e do Estado é a única garantia de alguns direitos fundamentais, tais como as liberdades de opinião e de expressão. É uma importante salvaguarda da democracia e constitui, sem dúvida, um dos grandes avanços da humanidade, pois permite a convivência entre grupos distintos, respeitando sua diversidade. Percorrendo a História, é notável que uma evolução enorme já se deu em caminho à um Estado laico, inúmeras medidas importantes já foram tomadas, porém ainda há várias e sérias decorrências que comprometem a efetividade do mesmo. No papel, o nosso país é um Estado laico, como consta na Constituição da República Federativa do Brasil: “Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;” Bem, como eu disse, no papel... Por enquanto!

Uma mentira conveniente

O maior problema do homem contemporâneo é achar que é o dono do mundo, que pode manipular a natureza e mudar tudo como bem entender. Mas não é bem assim. Temos que acordar dessa ilusão de que mandamos no planeta. Está na hora de reconhecermos o nosso lugar em meio à natureza, ao ecossistema em que vivemos, pois somos apenas parte de algo maior, muito maior: o planeta Terra. Ao mesmo tempo em que alcançamos novos patamares de desenvolvimento, principalmente na organização social e avanços tecnológicos, estamos nos distanciando cada vez mais da natureza, ficando progressivamente mais e mais desconectados a ela. Nos vemos como algo a parte, como algo especial. Mas nós não somos especiais, só somos mais desenvolvidos, e isso ainda é apenas a partir do nosso ponto de vista. A espécie humana é parte de um ecossistema e agora devemos reaprender a conviver nele e com ele. Atualmente, estamos atrapalhando o andamento natural do planeta, ao devastar florestas para expandir a área de influência urbana acabamos por destruir ecossistemas inteiros. O modo como nossa sociedade vive é insustentável. É indiscutível que as reservas minerais são limitadas e, mesmo assim, por muito tempo nós as consumimos indiscriminadamente, de modo com que hoje os minérios estão cada vez mais escassos e disputados. A água potável também um dia irá acabar. Mas não podemos enquadrar também, nesse contexto de sustentabilidade ambiental, o aquecimento global.
“Ó grande colapso do século XXI, a humanidade traçando seu caminho ao fim!” HAHAH! A dramatização da mídia tem confundido a todos, fazendo com que relacionem o aquecimento global à conservação do meio ambiente, enquanto que os dois agem de forma independente. A mobilização para a conservação da natureza é essencial para a manutenção da vida na Terra, já o “aquecimento global”, tão difundido pela mídia, é mera invenção manipulada por interesses dos gigantes mundiais. O grande impacto e o vasto poder de absorção pela população que eles usufruem são conseqüências da íntima ligação deles com os meios de comunicação em massa. Os donos do mundo bolam uma “mentira conveniente” e lançam ela à população como uma “verdade inconveniente” e incontestável. Hoje o aquecimento global é um termo tão usual nas escolas, no noticiário, no dia a dia que de fato é tido como concreto para a maioria, ou seja, Al Gore conseguiu o que queria - ou não: sempre há a resistência, a esquerda, os céticos! São aqueles que a grande mídia não é capaz de alcançar, que ficam à margem de seus processos. Hoje já há um considerável número de cientistas trabalhando em estudos que contestam a veracidade do aquecimento global e várias conclusões positivas para a "esquerda".
Basicamente, o clima da Terra sempre foi instável e está em constante mudança. Entre uma era glacial e outra existem sutis elevações e quedas na temperatura média mundial, que até podem interferir na natureza, mas não causam impactos devastadores, são parte do equilíbrio natural do planeta. Mas então, os líderes econômicos dos países ricos, dispondo de instituições consagradas, como a ONU, e do controle dos meios de comunicação, patrocinam várias pesquisas por cientistas famosos e as divulgam no IPCC, como verdades incontestáveis. Enquanto que na realidade a veracidade deles é altamente contestável, ao existirem suspeitas de manipulação de dados. Além disso, a partir do momento em que há estudos contradizendo uma tese, a mesma não pode de maneira alguma ser tomada como absoluta, assim funciona a ciência.
Há recentes pesquisas que contestam o real mal que o CO2 representa, pois o mesmo faz parte dos processos vitais do planeta, ele está presente e enquanto o mundo for mundo, não poderá deixar de existir. Nós aprendemos sobre isso na escola: o ciclo do carbono em biologia e seus processos químicos essenciais em química! Sem CO2 não há fotossíntese, não há vegetais, não há trigo, não há pão, não há glicose, não há ATP, não há humanos. O nível desse gás é mantido constante na atmosfera naturalmente, sua principal fonte são as flatulências dos ruminantes, e segundo pesquisas, a contribuição humana para o aumento de sua concentração é praticamente desprezível, algo como 2%. Além disso, recentemente se descobriu que o planeta absorve muito mais CO2 do que antes se imaginava.
Existem até sérios estudos confirmando que as temperaturas nos pólos estão diminuindo nos últimos anos. Mesmo que provavelmente seja devido a fenômenos climáticos específicos, mostra que as temperaturas são mesmo instáveis. Não se pode traçar um gráfico para as décadas futuras que tome suas alterações como estáveis ao passar dos anos. Verificando as médias das décadas passadas se notam consecutivas elevações e declínios. Na década de 70 chegou-se ao consenso científico de que estávamos entrando numa nova era glacial! Felizmente ele foi derrubado anos depois, após um sutil aumento das temperaturas. Os modelos climáticos são projeções estatísticas a partir de eventos passados. Isso os torna adequados para prever tendências, embora haja muito menos certeza sobre um ponto específico na curva de projeção, como um ano aleatório. Sabe-se também que a elevação em alguns graus da temperatura nos núcleos urbanos é muito frequente, mas ocorre devido ao fenômeno das ilhas de calor, que em nada é relacionado com o aquecimento global.
A crença de que estamos diante de um aumento catastrófico do nível do mar é outro argumento muito usado para justificar o perigo do aquecimento global. O IPCC divulgou um aumento de apenas 59 centímetros (17 polegadas) até o ano de 2100, mas os principais dados disseminados foram mais alarmistas, como um aumento de até 20 polegadas, com direito até a projeções gráficas de metrópoles inundadas. Outro grupo de cientistas chegou a conclusão de que todas as histórias sobre a subida do nível do mar são na verdade uma mentira e um mito alarmista. O geólogo e físico sueco Nils-Axel Morner, que estudou os níveis do mar por 35 anos, chegou a conclusão de que “Os níveis do mar não sobem, durante 50 anos não subiram. Se houver qualquer aumento durante este século, ele não será superior a 10 cm (ou seja, 4 polegadas), com uma incerteza de 10 cm mais ou menos. Além do exame de provas, os princípios básicos da física (o calor latente necessário para derreter o gelo), nós mostram que o Apocalipse anunciado por Al Gore e seus camaradas nunca poderá acontecer”.
É ridículo que dados tenham sido escondidos do conhecimento geral, e a favor dos interesses de alguns, outros tenham sido divulgados. Devemos aprender a ser mais céticos quanto ao que é divulgado pela mídia, ainda mais no que diz sobre dados científicos atuais. Leva-se tempo para concretizar uma descoberta científica como confiável, ela precisa ser testada várias vezes até ser comprovada, e ainda assim, dificilmente poderá ser tida como absoluta. Isso por que a natureza é extremamente complexa, e nós, como parte dela, estamos muito longe de tomar ciência sobre todo o seu vasto funcionamento. Porém, evolutivamente, aprendemos o que é o correto a se fazer e o que traz mais benefícios para o meio ambiente e para nossa espécie. Agora, nos basta seguir o que a evolução nos ensinou e conviver em paz com a natureza. Agindo dessa forma, afirmo que com certeza não haverá o colapso do século XXI e jamais levaremos o mundo ao seu fim.

Panque de Brasília

Punk de verdade, punk em essência.

"Manifestação. Manifeste-se. O que é manifestar-se? O que é ser você mesmo? Há um engajamento imediato na hora em que você diz "eu quero ser eu" (I wanna be me, Sex Pistols). Não é assumir uma posição política tipo "Ah, eu concordo com o que aquele candidato/autor/guru diz. Posso ficar tranquilo no meu canto que ele me fará feliz.", ou me aninhar nos seus braçoes que ele me levará a verdade. Não. Acredite seja lá em quem/no que for, o sentido é exatamente o oposto. É AÇÃO. É intervir. É sair de cima de sua bunda e dizer nçao apenas "o que eu quero é isto", mas "que é que eu vou fazer agora para conseguir isto" (I know what I want and I know how to get it, Sex Pistols). Você tá no 1º, 2º grau, universidade, apenas mais um dos que estão percorrendo um caminho á traçado que te levará sempre aos mesmos lugares, final feliz ou não, e que é muito útil para aqueles que não querem ver outros caminhos proliferando, desviando, saindo do controle. Porra. Eu tô nesse caminho, a maioria de nós estamos. E daí? Se você gosta, tá relamente afim, você está sendo você mesmo e sabe o que deve fazer é meter a cara e se dar bem. Mas se você não gosta, não tá afim, só enche o saco, AJA. Em vez de perder o sono com coisas tipo o que vai ser do meu futuro, ou fumar maconha o dia inteiro, assuma que o seu futuro é agora e aja JÁ. Você é burro se precisar que alguém lhe diga o que você deve fazer. No mínimo entrou de gaiato, porque parece que pe uma moda legal, né? No fundo, moda é um guru dos pobres de espírito. Estilo. Moda alternativa. Existe um pessoal que cansou de esperar pelo futuro e resolveu fazê-lo agora. Não são os primeiros, nem os únicos, nem os últimos. Você pode encontrá-los em shows de grupos aqui de Brasília, pessoas nem um pouco preocupadas com o que as supostamente traçam os caminhos tem a dizer a seu respeito. Cagam para elas, acreditam em intervir e foram a luta. Tocando, transando um fanzine, se informando, produzindo, amando, dançando pra valer, usando pulseiras de tachas, gritando tá com nada pra tudo que tá com nada. Manifestação. A opção é sua.
Fê. 12/06/83."
Fernando Lemos
E eu assino embaixo! Achei esse texto foda, muito foda, foda demais, perfeito, diz muito. Sem mais comentários, o texto fala por si.

Uma mensagem da Organização do Desespero
"Sinceramente não estamos muito interessados com o que possam pensar ou não: o importante é todos ficarem por perto. Muito perto. Não queremos ser anônimos. Ser underground em 81 é coisa de subdesenvolvido. Venham todas as meninas. Logo estaremos dançando nas ruas e com um visual/linguagem próprio de nossa idade e coração. Não queremos mais seguir. Seremos o modelo a ser seguido; caso você também esteja perto do desesperto e com vontade de organizar sua mente/corpo/espírito."
Aborto Elétrico.

"Acho importante a ideia de "movimento". Não pra que seja ele que te pré-estipule todos os passos, mas uma espécie de identificação das contestações em comum. Só assim eventualmente teremos alguma "força".
As pessoas nem imaginam a dimensão dessa força, mas podiam tomar conta de certas coisas que direcionam nossas vidas. Pode-se gerar novas alternativas, e como diz o Plebe: "Levar o Clodovil à falência". Pode-se gerar música e discos alternativos, pode-se gerar informação."
Dinho Ouro Preto.

(textos do encarte do DVD Capital Inicial - Aborto Elétrico)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Rebeldes com causa

Até onde vai a nossa liberdade? Será que nos expressamos individualmente ou somos manipulados para pensar assim? A sociedade atual tende a exterminar as liberdades individuais, levando a uma nova ética social que impõe a padronização em massa dos indivíduos. Mas uniformidade e a liberdade são contraditórias, pois física e naturalmente cada ser humano é exclusivo. Somos todos semelhantes quanto à maioria das nossas funções biológicas vitais e dos comportamentos instintivos, mas somos individuais no que diz respeito ao desenvolvimento e expressão da mente e da maneira de pensar. Qualquer cultura que procura padronizar o indivíduo humano comete um ultraje contra a natureza biológica do homem, ao gerar indivíduos incapazes de pensar por si próprios. A unificação das opiniões torna a população uma massa de indivíduos ingênuos e perigosamente manipuláveis, ao terem suas potencialidades críticas, éticas e racionais reprimidas. Esse raciocínio é altamente aplicado na propaganda política e na comercial, além de constituir a base dos governos totalitários. Por totalitário temos basicamente os governos ditoriais, mas até que ponto a nossa democracia vigente é mesmo liberal? Na realidade, encontramos muito de totalitário nos Estados de hoje. A padronização continua sendo um mecanismo ativo sobre a população, que é manipulada segundo as intenções governamentais ou de poderosas forças econômicas.
A busca da perfeita ordem no campo político é perigosa, a beleza da boa ordenação é aplicada como justificação para o despotismo. Como já foi dito, um povo padronizado é extremamente volátil às intenções das forças dominantes, o que representa o maior dos perigos à liberdade dos homens. Essas forças dominantes fazem proveito dessa debilidade crítica da população em benefício próprio, gerando uma elite política e econômica composta por pouquíssimos indivíduos frente a uma gigante massa débil a seu dispor. Conscientes de tudo isso, é lógico que não devemos mais nos deixar manipular por esses governos autoritários. A solução não é o anarquismo radical, o ser humano anarquista é aquele pré-histórico, vivendo em pequenos grupos e sobrevivendo da caça e da coleta, numa situação onde a inexistência de governo era algo sustentável. Mas hoje nossa sociedade é muito mais desenvolvida, vivemos em grupos urbanos muito maiores, lidamos com uma comunidade bem mais complexa, e por isso um governo se faz necessário. O governo ideal é aquele que age apenas como mediador na organização da sociedade e não é intervencionista nos âmbitos individuais. A organização é indispensável dentro da sociedade atual, mas na dosagem certa e dentro de limites que respeitem igualmente todos, pois a liberdade tem seu sentido numa comunidade auto regulamentada composta por indivíduos ativos que colaboram livremente.
Em meio aos núcleos urbanos geralmente são detectados alguns indivíduos que divergem do padrão típico da massa, me referindo, nesse caso, à aspectos basicamente comportamentais. São exemplos de comportamentos desviantes, e como regra, são alvos de preconceitos por parte do restante da população, sendo que esses preconceitos justamente são concebidos à massa manipulável por interesses das forças dominantes. Esses comportamentos atípicos costumam ser interpretados como atos sem razão nem sentido, a típica rebeldia sem causa. Piercings, tatuagens, visuais e artes alternativas são maneiras encontradas por essa margem social para expressar suas individualidades. Antes de diferentes, eles querem ser eles mesmos, sem barreiras, dogmas ou preconceitos. A expressão disso é uma forma de causar algum impacto na sociedade, que apresente possibilidades alternativas, como a de que é possível fazer diferente e ser você mesmo, de que se deve buscar e lutar pelos seus próprios ideais e jamais se calar frente às autoridades corruptas. O punk é um típico movimento com esse fim, e no seu estouro, o impacto causado foi bem intenso. Os punks queriam chamar a atenção, queriam acordar a sociedade alienada para as irregularidades e injustiças da comunidade londrina pós segunda revolução industrial da década de 70. Existem muitos outros movimentos ligados a causas semelhantes, como é o caso do hippie. Aqueles que renegam a sociedade urbana e se isolam em lugares pouco habitados ou viajando pelo mundo geralmente também tem uma causa política-social como pano de fundo.
Somos todos diferentes, e temos o direito de o ser! Vamos expressar nossa individualidade, vamos ser quem queremos ser, vamos fazer o que temos por correto! Basta de forças ocultas manipulando nossas atitudes, basta de governos corruptos sugando nossa liberdade em benefício próprio! Queremos igualdade de direitos e de deveres, queremos justiça! Sim, expressemos nossas individualidades, combatamos os que as reprimem, mostremos que é possível mudar! Não nos calemos, chega de conformismo! Seremos a imortal resistência!

O Colapso do Patriotismo

"Ser patriota é achar que seu país é melhor que o do outro pelo simples fato de você ter nascido nele." - Oscar Wilde.

O orgulho de uma linha imaginária é um dos sentimentos mais ignorantes que o ser humano pode ter. As fronteiras funcionam para separar pessoas, para determinar o que é de um e o que é de outro, o que um pode e o que o outro não. Elas fomentam o ignorante sentimento nacionalista de pensar que se é melhor que o outro por ter nascido em outro território. O patriotismo garante que as fronteiras separatistas sejam bem respeitadas, para que latinos não se misturem com norte-americanos nem europeus com africanos e árabes. Ele serve para impor a tirania e regras que motivem guerras, para que jovens morram defendendo cegamente sua pátria e não se apeguem à ideais igualitários, libertários e de justiça. Fronteiras são o símbolo da desigualdade, da injustiça social, do preconceito, da xenofobia, simplesmente porque nos fazem acreditar que somos diferentes dos que estão do outro lado. E elas são sustentadas pelo nacionalismo, que faz com que as pessoas defendam a soberania de seu estado, oferecendo suas vidas para proteger um pedaço de terra, uma bandeira. O nacionalismo prende cada um dentro de sua fronteira, garantindo o sistema governamental extremamente corrupto e injusto que vigora atualmente em todo o mundo, onde o poder é concentrado na mão de poucos, em detrimento de muitos. Tudo está relacionado e é decorrente, a desigualdade social entre os países provêm do protecionismo fronteiriço nacionalista das nações ricas, que descaradamente impedem o desenvolvimento das mais pobres, agindo no arcaico, mas funcional, sistema imperialista de colônia-metrópole. É claro, esse sistema só ainda está em uso pois é sustentado pelos patriotas ufanistas que o aceitam abertamente, assistindo e aplaudindo a tudo que sua pátria promove. As desigualdades sociais dentro de um país, que é o grande problema dos subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento, que seja), como o Brasil, é decorrente dessa hierarquia entre as nações e da ideologia que ela prega.
A solução não é um mundo sem nações e sem fronteiras. Os problemas atuais estão no modo como tais estruturas estão articuladas. Fez parte da evolução do ser humano passar a viver em comunidades separadas, mas o deterioramento das outras comunidades, sem dúvidas, não faz parte dessa evolução. O internacionalismo não é uma doutrina que fere o a estrutura dos Estados, é uma corrente que afirma que nossa época exige a definição de objetivos políticos que excedam os limites históricos, geográficos e constitucionais das nações, e decorre do desenvolvimento do método consensual e contratual. Defendo que as nações, os estados e os municípios devem estar articulados num conjunto mutualístico, em que o desenvolvimento de um seja interno, sem prejudicar o outro. Agindo num sistema equilibrado, todas as nações serão auto-suficientes nos requisitos básicos, como saneamento e educação, já o desenvolvimento de aspectos secundários de uma nação completará a outra em que tais aspectos estejam em detrimento, e necessariamente o contrário também deverá acontecer. É inquestionavelmente mais vantajosa a homogenia de nações medianas, mas estáveis, do que um sistema hierárquico de poucas nações ricas e inúmeras pobres. Tal sistema é insustentável, e em uma hora ou outra entrará em colapso. O sucesso coletivo de forma nenhuma impede o sucesso individual, mas pelo contrário, o individual deve ser conseqüência do coletivo. É preciso que as pessoas assimilem essa idéia e ignorem a manipulação ao ufanismo exercida pelos governos patriotas. É essencial apagar esse sentimento de superioridade determinado pelas fronteiras, é preciso aprender a agir em conjunto para o sucesso coletivo. Para isso são necessárias reformas nos sistemas mundiais, tanto no capitalista como no governamental. A revolução começa em você, mude, pense, faça diferente. Isso não é para ser um sonho, uma idéia sentimental, uma utopia, é algo real e necessário, que deve ser posto em prática. As pessoas nascem e vivem entre grades, deveriam estar cansadas de tanto conformismo, e eu quero um futuro diferente. Vamos ser e viver a resistência, somos todos macacos em evolução independente do pedaço de terra onde nascemos. Lute pela igualdade. Viva pela liberdade.

“Tire suas mãos de mim / Eu não pertenço a você / Não é me dominando / Que você vai me entender / Eu posso estar sozinho / Mas sei muito bem onde estou / Você pode até duvidar / É só que isso não é amor.” (Legião Urbana)

O Piti Biológico

Senhoras e senhores, hoje foi dia de pitizão biológico na aula da nossa amada Gininha! Yeah yeah, foi uma aula inesquecível a de hoje, o marco do início do confronto BioGirls X Gininha, já por muito tempo sufocado devido à forças morais maiores, mas que agora está mais vivo do que nunca e pronto para estourar a boca do balão!

Sim, meus caros, é um descarado absurdo o que temos visto em nossas aulas de biologia durante o ano letivo de 2009. Os conteúdos são ótimos: sistemas, genética e como a cereja no topo do bolo, temos a louvada evolução. Mas a incompetência nata da Gininha corrompe a fascinante biologia, de forma com que anule qualquer possibilidade de alunos não biologicamente viciados gostarem e serem atraídos pela matéria. A incrível ingnorância e falta de dominínio sobre o conteúdo deixam as aulas muito fracas no aspecto de ensino, afinal, pesquisar em casa para explicar na próxima aula, e inclusive esquecer de o fazer, deifinitivamente não é a solução. Além disso, os perídos são muito monótonos, as inovações não passam de lâminas para retroprogetor... Ok ok, já houveram tentativas frustradas sobre demonstrar o crossing over com uso de cobaias humanas e de representar a dominância ou recessividade dos genes usando papel celofane, mas ambas merecem ser ignoradas e esquecidas. Ainda, as explicações são um caos, não existe ser humano em condições mentais normais que consiga prestar atenção na totalidade delas, não há empolgação, não há vontade de ensinar, não há o brilho ofuscante da esfera biológica. O professor deve ter vontade de passar a diante a matéria, ensinar para as futuras gerações aquilo que tanto o fascina, para que mais indivíduos desenvolvam tal apreço. Mas não, com a nossa Gininha não funciona assim. As aulas são deprimentes, deprimentes, depreimentes e deprimentes. Logicamente, as péssimas aulas fazem a turma se dispersar, e então a séria falta de controle sobre os alunos e o fracasso geral da provessora se tornam evidentes. Em unanimidade os alunos não gostam dela como professora, e não há motivo nenhum para que esse quadro seja diferente.
Para mim, Supersonic Même, essa fase de depressão biológica anda servindo como reforço para que eu garanta que mesmo com esse estorvo no caminho, a biologia é o meu futuro. Porém, ao mesmo tempo que reforça minha convicção profissional, corrompe o desenvolvimento do gosto pela biologia de 90% da turma. Triste fato esse, mas a Gininha supressora de vocações está à todo vapor. Como singelas BioGirls estudantes do 2º ano EM, não temos muito o que fazer a respeito da continuidade do "trabalho" da Gininha. O que podemos fazer é a revolta e expressá-la durante as aulas. Fazendo questionamentos complexos (não que isso seje muito difícil se tratando da Gininha), levantando hipóteses, discordando de questões, explicando para os colegas o que a responsável pelo fazer não é capaz de explicar, e enfim, infernizando um pouco a vida da nossa professorinha.
É claro que no Capitalismo Sustentável, docentes como a Gininha não seriam admissíveis de forma alguma. Os professores seriam preparados para ensinar de verdade, passando por uma instituição governamental que os condicionasse para dar aulas dinâmicas, interessantes, produtivas e divertidas. Além disso, o futuro professor seria testado para um grupo de alunos que o aprovaria ou não, antes de começar a lecionar numa escola.


OBS.: Deixo aqui registrado, para jamais esquecer: houve alguém que ousou me dizer que nem todos nascem para a genética, como um fracassado consolo para uma nota revoltante na prova sobre tal conteúdo, significando que eu, justo eu, não havia nascido para a genética. Concerteza, irei lembrar disso quando receber o meu Nobel.

Capitalismo Sustentável - a saga continua

Para quê a preocupação em enquadrar um sistema rigidamente em algum dos estereótipos preexistentes? Dessa forma, só são acumulados preconceitos, restrições, guerras e desigualdades, e toda a população é alienada a absorver esses sentimentos contra o diferente... Na realidade, muitas das tragédias da história têm raízes nessas richas preconceituosas (ao lado da religião, mas não vêm ao caso).
Bem, mas talvez seja possível fazer diferente. Sim, é difícil para você aceitar, mas sim, é possível, sempre é possível fazer diferente. E quase sempre você deve fazê-lo. Estamos tão acostumados com o que vemos no dia a dia, na televisão, nas ruas, que muitas vezes não abrimos a nossa mente a novas alternativas para tudo isso. Às vezes parece tão reconfortante aceitar que é assim que as coisas são e é assim que elas devem e sempre vão ser, afinal, é a vida... Isso é um absurdo. A Evolução levou tantos séculos para desenvolver nossa capacidade de raciocínio e crítica e agora ridicularmente ignoramos jogamos isso fora. Todos como parte de um rebanho de ovelhinas ignorantes manipuladas por seu pastor (no duplo sentido). Faça diferente, faça do seu jeito, você pode e deve.
Uma frase do Manifesto Punk do Greg que eu gosto muito é "Punk é um movimento que serve para refurtar atitudes sociais que têm sido perpetuadas pela ignorância voluntariosa da natureza humana", e deve seguir na mesma linha do que estou propondo. Acredito que essa ignorância cega e conformista é o principal motivo que corrompe a aprimoração da raça humana e sua sociedade. E o capitalismo sustentável prega o su exato oposto. A proposta inicial é unir tudo o que cada sistema tem de melhor. E no protótipo resultante, as consequencias negativas diminuiriam consideralvelmente e as positivas predominariam.
Se nada que já foi feito é bom o suficiente, algo tem de mudar. A esquerda vêm com suas iniciativas marxistas que têm um fundamento lindo e inspirador, mas efetivamente foram insustentáveis, acabando em repressoras ditaduras. Um tanto contraditório com o pensamento socialista primitivo. Ao seu lado anda a anarquia, também com princípios bonitos, mas realmente impossível de se efetivar na sociedade. Em contraposição há o grande capitalismo, que se resume na desigualdade a partir da hierarquia social de ricos pobres.
É um tanto racional que o socialismo e outras correntes liberais nunca dariam certo. O ser humano é egoísta. Não há o que discutir. No fundo, todos queremos ser melhores do que os outros. É claro que com a convivência em sociedade aprimoramos nosso altruísmo, mas sempre com o propósito de tirar algum lucro ou recompensa por ele, ou seja, por mais que sejamos altruítas, há um predominante fundo egoísta. Um sistema que prega a divisão de bens entre todos, onde ninguém é dono de nada jamais teria uma vida longa na sociedade humana, logo alguém quebraria a corrente e encontraria um jeito de se dar melhor que os outros.
Logicamente o capitalismo seria o sistema ideal para a nossa raça. E de fato é, mas não como o vemos aplicado hoje em dia. Atualmente vivemos num mundo regido pelo capitalismo e suas grandes corporações, onde os sentimentos de individualidade, nacionalidade, conformismo e preconceito são alimentados dia a dia. Somos todos selvagens capitalistas, buscamos cegamente um estereótipo de perfeição ditado pelo próprio sistema sem nos importarmos com as consequências e a realidade fora desse nosso mundinho alienado. A massa da população mundial vive em miséria enquanto os ricaços tem coisas mais importantes a dar atenção do que a fome na África, como a escolha da nova tevê de LSD que vai comprar. Definitivamente, dessa forma também não é possível alcançar evoluções sociais.
Por mais egoísta que seja a nossa natureza, a nossa raça sempre deve buscar o melhor jeito possível para poder avançar seu aprimoramento. O ideal é um capitalismo diferente, um novo sistema onde possamos expressar nossa individualidade e egoísmo, mas de maneira racional e crítica, para não prejudicar extensivamente o outro. Uma mentalidade consciente, que pense, analise a critique sempre, ponderando as consequências do que faz e agindo da melhor maneira para si e para todos. Resumindo: você pode ser rico, mas não deve querer ser o mais rico. Ninguém com exageradamente muito nem extremamente pouco.
Pôr isso em prática... E agora? Acredito que tudo tem base na massa da população, que no fim é quem elege os representantes políticos, pelo menos em nosso país. Para isso é necessária uma conscientização maciça que estimule o pensamento crítico, mas um governo que está na parte dalta da hierarquia capitalista atual não vai querer que isso se reverta, afinal, eles também são egoístas, mas do jeito errado. Talvez essa conscientização seria difundida naturalmente numa população bem educada, que após passar por um bom ensino fundamental e médio tenha a instrução necessária para desenvolver seu pensamento inteligente, crítico e racional.
A educação é um fator de importância suprema e indiscutível e é a base da mudança no capitalismo sustentável. Um sistema educacional desenvolvido e igualitário para todos é a raíz de toda a solução para os problemas atuais. Todos terão a possibilidade de adquirir uma base intelectual semelhante, e depende de cada um o quando dela explorar, assugurando a garantia de oportunidades para todos no mercado de trabalho. É claro que possuir mais dinheiro ajuda para um maior sucesso profissional, mas de nenhuma maneira é fator decisivo para isso, como acontece hoje em dia. É apavorante a ignorância de parte da população dos países subdesenvolvidos, obviamente elas terão serissímas dificuldades para um pleno sucesso profissional. Enquanto isso muitos filhinhos de papai fazem economia na PUC e seguem no negócio milionário da família, ou então viram políticos corruptos nos quais aquela população pobre ignorante vota. Desigualdade? Injustiça? Exatamente.
Todos somos a mesma coisa, viemos do mesmo lugar, nossas raízes são apenas variações de 4 ácidos nucléicos numa linda bolinha minúscula que vai ao encontro de outra bolinha linda um pouco maior, então as duas bolinhas se juntam, se dividem e daí você nasce, assim acontece tanto para você como ao idoso africano morrendo de fome e à criança chineda de seis anos escravizada numa multinacional norte americana. O capitalismo atual está cheio dessas desigualdades injustas, o novo processo é o de ameniza-las para então reverte-las.
Por hoje é isso que tenho a dizer, porém, a saga não acaba por aqui, ainda há muito o que projetar para o Capitalismo Sustentável ser de fato sustentável e poder ser posto em prática.
Faça diferente, faça do seu jeito, você pode e deve.

Futuro previsível... ou não

Renato Russo disse certa vez : " você culpa seus pais por tudo/ isso é absurdo/ são crianças como você/ é o que você vai ser/ quando você crescer..."
E então eu tenho medo. Não quero ser como meus pais. Eles eram diferentes, a sua maneira, quando tinham minha idade, e posteriormente mudaram, e muito. Não quero que isso ocorra. 
Talvez haja um momento na vida, onde nós acordamos para a "realidade", deixamos as utopias de lado, vemos que tudo aquilo em que acreditávamos na adolescência, não passava de sonhos, que não podiam ser realizados. Uma idade, onde nos vemos livres dos nossos pais, onde as contas chegam as nossas portas, onde não tem ninguém que as pague, limpe o seu quarto, faça a sua comida, lave suas roupas e te encha com aquele amor incondicional e superproteção. É nessa suposta idade, onde viramos nossos pais, não necessariamente tendo filhos, mas sendo incorporado no sistema, na hipocrisia do dia-a-dia, nas gaiolas chamadas escritórios, usando roupas iguais, se preocupando com o que os vizinhos possam falar, ou até mesmo seu chefe. Esquecendo as coisas que gostava, os livros que lia. Perdendo o senso de humor e achando que a Bíblia e o telejornal são as maiores verdades do mundo. Esquece dos ideais, deixa de ser um rockstar, um astronauta ou até mesmo um biomédico. Mudar o mundo virou passado. Agora você é um robô, a serviço do capitalismo. Acredita piamente que uma coisa para ser boa deve ser comprada, criatividade é um mito. Casar, ter filhos, pagar as contas e sustentar mentiras viraram a sua realidade. E quando decide ter filhos, apaga por completo sua infância e adolescência do HD, e passa a fazer o mesmo que seus pais. Mentindo, superprotegendo, amando-os, mostrando-os aos vizinhos, te magoando com alguma bobagem, enfim sendo o maior hipócrita ao te criticar, pois eles fazem pior ou já fizeram, o adolescente irresponsável é sempre o culpado por seus erros. E quando alguém aparece com cabelo vermelho, orelhas furadas ou admitindo ser ateu....a resposta clássica: "É só uma fase". 
Espero que no meu caso, isso não seja verdade. Não pode ser só uma fase. Não quero deixar de ser eu mesma. Quero ter 99 e ainda ser uma criança. Elas é que sabem das coisas. Não quero me tornar um robozinho ou coisa pior. Quando meus filhos lerem isso, espero que digam que eu pude ser diferente. 
Só que aquilo que deixamos de lado, ou que sempre esquecemos, é que os nossos pais nos amam e só fazem isso para que não cometamos os mesmos erros que eles. Que não nos decepcionemos como eles já o fizeram a um tempo atrás, quando a idade fatídica chegou para eles. Talvez esse seja o maior erro, deixar a fase passar. Ela não deve passar. Afinal só vivemos uma vez e bem pouco. Cometamos erros, decepcionemos, mas sejamos felizes, aproveitando as coisas simples, estas que deixamos de perceber quando viramos robôs.
Quero poder dizer que não fui como meus pais e não deixei a fase passar. Forever young será o meu lema, espero que seja a minha conquista também...

Capitalismo Sustentável

Utopias, hipocrisias, mentiras, roubos, injustiças... Chega! Isso tem que ter um fim! E já! Lutamos tanto tempo para se ter um democracia, um sistema decente que garantisse a nossa liberdade e direitos. E o que vemos é totalmente contrário. Nosso sistema está um colapso, insustentável. Já tentamos comunismo, socialismo, anarquismo, autoritarismo e agora capitalismo. Apesar dos ideais pretendidos pelos respectivos sistemas serem muito bonitos e aparentemente aplicáveis, mostraram ao longo da história que não passam de utopias inatingíveis. Revoluções, greves, golpes de Estado, igualdade, fraternidade e liberdade, entre outras não passaram de slogans para que alguns obtivessem aquilo que desejassem. Quando chega o momento de colocar em prática tudo aquilo que foi escrito e prometido, o povo é deixado na mão, não podem se expressar, exercer sua individualidade humana, corrompidos por uma autoridade arcaica, cometendo atrocidades iguais ou piores que seus antecessores.
Nos governos comunistas, antes da tomada do poder, lutavam para tirar czares e ditadores impiedosos, por uma igualdade e melhores direitos para o povo. Quando assumiram o poder, tornaram-se ditadores piores, não permitindo a preciosa liberdade, mantendo a população sob condições limitadas enquanto as autoridades usufruíam de todo o conforto. Estavam fazendo exatamente aquilo pelo que lutaram contra.
Ao adotarmos o capitalismo deixamos a luta pela igualdade de lado, existindo uma discrepância entre as classes sociais, ou muito pobres ou muito ricas, não existindo direitos a uma educação e saúde pública decente. Em um sistema onde é possível a democracia, temos governantes ruins, incapacitados, ladrões, mentirosos e que se aproveitam dessa discrepância, dando aquilo que o povão precisa, prometendo mundos e fundos, e não cumprindo nem metade. O lado bom de um sistema estava presente em um e ausente em outro.
É próprio da natureza humana a ambição, a busca da superioridade para a prevalência de seus genes egoístas. Também foi desenvolvido devido a convivência em sociedade a necessidade de um líder que orientasse a população, mostrando o que deveria ser feito, da melhor forma possível. É por essa maneira, que o comunismo não deu certo, o autoritarismo fracassou, o anarquismo mal se concretizou e fomos seduzidos pelo capitalismo. Mas a maneira que este último está sendo aplicado foge muito dessa utopia primitiva. Os ideais da Revolução Francesa, exemplo para outras tantas, e marcou o fim do absolutismo e o início da era conteporânea, foram deixado de lado, ou até mesmo esquecidos. Vivemos em uma constante seleção social, onde aqueles que possuem maiores condições financeiras ganham um status e os outros sucumbam na pobreza física e intelectual.
É necessária a criação de um novo sistema, onde seja levado em conta as necessidades primitivas humanas e os antigos ideais. Uma nova aplicação do capitalismo, um capitalismo sustentável.
Dessa maneira, como cidadãs revoltadas com as mentiras e cansadas com tamanha desigualdade, conceituamos uma nova maneira de governo. Nossas primeiras decisões seriam elevar radicalmete a qualidade da educação e da saúde públicas, fazendo que tanto ricos e pobres tenham a possibilidade de estar no mesmo patamar. É revoltante ver um fila de pessoas esperando por um acesso gratuito e alguém que possui plano de saúde, ou seja pago, passe na frente e receba um atendimento melhor, sendo seu caso nem tão grave como daqueles que estão na fila. Com uma educação igual haveria uma maior capacitação, gerando mais empregos e acabando com a miséria. Não haveria espaço para aquela velha desculpa da falta de oportunidade.
Erradicaríamos a fome, pois boa parte do orçamento não seria torrada em programas como Bolsa Família, esse dinheiro seria empregado em empreendimentos na área de saúde e educação, e logo, por consequência, todos teriam o suficiente para se sustentar. Um grande controle de natalidade também se mostraria essencial. Dois filhos no máximo traria o fim da superlotação e da escassez de comida. Adotar projetos de planejamento familiar eficientes e, após a cota máxima de filhos, procedimentos cirúrgico como laqueadura e vasectomias seriam a solução. Respeito ao meio ambiente seria levado em altíssima conta. Devemos preservar nossa casa comunitária, o nosso planeta. Dia da árvore, feriado nacional! Vastas pesquisas seriam incentivadas pelo governo e a concientização seria intensamente abordada desde o primeiro ano escolar. Reciclados, biodegradáveis e energia limpa tornariam-se parte do dia-a-dia. Respeito a outras espécies também seria fundamentado. Testes em animais, comércio de filhotes e pedigrees, abates fora de controle, aplicações fúteis de defuntos de outras espécies. Tais crueldades seriam inadmissíveis. Um controle de natalidade também seriam aplicados a eles, e controles de zoonoses seriam rotina.
Liberdade de expressão seria lei. Quem não estivesse satisfeito com algum aspecto do novo sistema, poderia falar o que quiser. Revoltar-se e expressar sua opinião seria um direito respeitado e exercido. Se as expectativas não fossem atingidas, que se faça melhor ou vá embora. Não haveria religião oficial, e sim uma liberdade para acreditar no que quiser, ou em nada... Desde que não ultrapassasse a liberdade alheia e não manipulasse nem prejudicasse outros credos. Preconceitos quanto a qualquer coisa seriam desencorajados pelo senso comum.
Afinal, como diria John Locke... "O meu direito termina onde começa o direito do outro". Se alguém infringisse a lei de qualquer forma, pagaria em intensidades diferentes, conforme seus delitos, em campos de trabalho industriais. Os criminosos não seriam mais aglomerados em prisões extremamente precárias, consumindo parte do orçamento e facilitando o desvio de verbas, mas sim trabalhando e contribuindo para o próprio sistema.
Seríamos uma sociedade alternativa, sustentável, com uma cultura própria, unificada pelo desejo de mudança e progresso, finalmente fazendo jus ao que diz a nossa bandeira. Finalmente veríamos alguma Ordem e Progresso.
Ahh... Se fossêmos eleitas...

I don't want to grow up

Eu não quero crescer. Medo e receio de me tornar um adulto comum, apenas parte da massa. Naturalmente penso que a certeza, mesmo que uma certeza iludida, de que jamais me tornaria o que não quero. Mas nesse caso é diferente, pois exemplos e fatos estão por toda a parte. Adolescentes alternativos estão em extinção, adultos então, praticamente não existem. Medo crescer e me render ao que a sociedade dita, esquecer quem eu fui e até sentir vergonha ao olhar para o passado. Medo de deixar de ser quem eu sou para tornar-me quem não quero ser.
Ter quinze, desesseis, desessete anos é tão bom, se você quebrar as barreiras do padrão e da moda, há uma liberdade de expressão enorme disponível, você pode ser quem quiser. Com essa idade se tem o direito de ser idiota às vezes, rir por qualquer bobagem, ser inconsequente, falar o que der na telha, fazer coisas insanas, contradizer Deus e o mundo e depois quebrar a cara, querer fazer a diferença, mudar o mundo e as pessoas. É esse espírito de individualidade, liberdade, rebeldia, revolução e afins que fazem da adolescência a fase mais linda da vida (u-a-u). Se ser adulto é o oposto disso, e definitivamente, eu não quero crescer.
Vida chata, correria do dia a dia, trabalho exaustivo, não ter tempo pra fazer o que gosta, tornar-se hipócrita e ganancioso, arcar com milhões de responsabilidades. Não quero isso pra mim. As pessoas mudam, eu sei. Mudam de opinião, de gostos e preferências musicais, gastronômicas, artísticas e afins, mudam de aparência, de responsabilidades, de compromissos, de paixões, de anseios e temores... É ridiculamente difícil admitir que eu mudei, mudo e vou mudar. Acho que as bandas que eu amo hoje são as melhores e quero louvá-las para sempre, assisto tevê com a mesma frequência com que tiro 10 em física (mentira! hipocrisia!), tenho meus pensamentos críticos, rebeldes e revolucionários, gosto de vestir jeans e All Star todo dia, gosto do meu cabelo colorido, da minha teimosia e da minha personalidade. Tenho minha individualidade reforçada diariamente por tudo isso, e simplesmente não quero que isso se inverta.
Depois da escola vem a universidade, é por o pé pra fora de casa e arcar com a auto-responsabilidade. Ótimo! Não vejo a hora de me virar sozinha, sei que vou fazer várias burradas por causa dessa pseudo-independência, mas quero isso, quero quebrar a cara e aprender com a vida. A questão vem no que fazer depois da universidade, arranjar um trabalho qualquer e fazer parte do sistema seria o óbvio. Ter uma vida plástica, com família e emprego falsamente perfeitos, nos moldes da novela, é o anseio da massa. Eu não sou da massa.
Essa linha de pensamento parece ser comum entre os punks. Conheço várias bandas que abordam isso nas suas músicas. Os Descendents, por exemplo, tem até um álbum denominado I Don’t Want To Grow Up. Desde os Ramones já existem letras sobre isso, como uma coisa leva a outra, Tequila Baby também aborda o tema. Até mesmo o Billie do Green Day, antes de crescer e tornar-se, digamos... o que é hoje, também escrevia sobre isso nos primeiros álbuns da banda (do 1,039 ao Dookie). Ok, então vou colocar aqui algumas dessas músicas.

Tequila - A cada ano

Cada ano de nossas vidas
as idéias se distorcem mais
e se tornam coisas do passado
nossas glórias tão poucas quanto
as palavras que você falou
e se tornam coisas do passado
Que você não quer falarque você não quer lembrar
que não importam mais
Aquelas roupas que você usava
os discursos não se encaixam mais
e agora são coisas do passado
na memória não ficou muito
uma dúzia de intenções
que agora são coisas do passado

Tequila – Sonhos Feitos de Papel

Veja amigo
como nós dois crescemos
e defendemos sonhos feitos de papel
você mudou demais
traiu seus ideais
que a gente prometeuesquecer jamais
Quantos de nós partiram
sem ter seus sonhos de criança conseguidos
as nossas fantasias
que a gente teve um dia
foram esquecidas no passado por você e eu

Green Day – 16

Every night I dream the same dream
Of getting older all the time
I ask you now, what does this mean?
Are these problems just in my mind?
Things are easy when you're a child
But now these pressures have dropped on my head
The length I've gone are just long miles
Would they be shorter if I were dead
Every time I look in my past
I always wish I was there
I wish my youth would forever last
Why are these times so unfair
Look at my friends and see what they've done
Ask myself why they had to change
I like them better when they were young
Now all these times are rearranged
I look down and stand there and cry
Nothing ever will be the same
The sun is rising, now I ask why?
The clouds now fall and here comes the rain

Ramones – I Don’t Want To Grow Up

When I'm lyin' in my bed at night I don't wanna grow up
Nothing ever seems to turn out right I don't wanna grow up
How do you move in a world of fog that's always
Changing things Makes wish that I could be a dog
When I see the price that you pay I don't wanna grow up
I don't ever want to be that way I don't wanna grow up
Seems that folks turn into things that they
Never want The only thing to live for is today...
I'm gonna put a hole in my T.V. set I don't wanna grow up
Open up the medicine chest I don't wanna grow up
I don't wanna have to shout it out I don't want my hair to fall out
I don't wanna be filled with doubt
I don't wanna be a good boy scout
I don't wanna have to learn to count I don't wanna have the biggest amount
I don't wanna grow upWell when I see my parents fight I don't wanna grow up
They all go out and drinkin' all night I don't wanna grow up
I'd rather stay here in my room Nothin' out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big old tomb on grand street
When I see the 5 o'clock news I don't wanna grow up
Comb their hair and shine their shoes I don't wanna grow up
Stay around in my old hometown I don't wanna put no money down
I don't wanna get a big old loan Work them fingers to the bone
I don't wanna float on a broom Fall in love, get married then boom
How the hell dis I get here so soon No I don't want to grow up

Desendents – When I Get Old

What will it be like when I get old
Will I still hop on my bike, and ride around town
Will I still want to be someone, and not just sit around
I don't want to be like other adults
Cause they've already died
Cool and condescending, fossilized
Will I be rich will I be poor, will I still sleep on the floor
What will it be like when I get old
Will I still kiss my girlfriend and try to grab her ass
Will I still hate the cops and have no class
Will all my grown up friends say they've seen it all before
They say hey act your age and I'm immature
Will I do myself proud or only what's allowed
What will it be like when I get old
Will I sit around and talk about the old days
Sit around and watch TV I never want to go that way
Never burn out not fade away
As I travel through my time will I like what I find
What will it be like when I get old

Descendents – I Don’t Want To Grow Up

If growing up means being like you
Then I don't want to be like you
Recycled trash
It's deja vu
I don't want to grow up
You're grown up told what to do
Your suit can't hide the truth
You're a fool
And I refuse to be like you