sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Science is awesome, you're awesome!


Você conhece as enzimas? Elas são lindas. Sem enzimas não existiria nada do que você vê a sua volta, pelo menos não do jeito que é. A vida, como a conhecemos, tem as enzimas no seu pilar mais básico. Elas são assim, tão essenciais, e ainda tem (muita) gente que nem sabe disso. Mas eu diria que elas não se importam, afinal, já trabalham no anonimato e voluntariamente há um bocado de tempo (e também toda a ciência e seus cientistas já têm muito disso). Enfim, as enzimas são tão minúsculas e tão complexas. São também inimaginavelmente velozes, funcionando numa cadeia minuciosamente sincronizada e em íntima relação com todas (literalmente todas) as partes do organismo. Mesmo que existam algumas bem promíscuas, elas também são bastante exigentes, fazendo questão de um ambiente ideal, com pH e temperatura específicos. Será que dá pra imaginar quanto tempo levaríamos para digerir uma bala sem a presença da hexoquinase? Só posso afirmar que é muito, muito (muito messsmo) mais do que levamos na presença desse simpático catalisador. Nem poderíamos pensar em comer carne, por que certamente o bife iria apodrecer no nosso estômago.
A ignorância voluntária frente ao funcionamento do próprio corpo e do mundo em que se vive é, do meu ponto de vista, uma das coisas mais tristes dos nosso dias. Vivemos num meio tão artificial, em que tudo é industrializado, tudo passa pela mídia, e quem sabe o que é verdade? Quem se interessa pela verdade? Quem se dispõe a “perder tempo” para descobrir como as coisas realmente funcionam? Essa linha de pensamento pode ser levada em conta num contexto muito mais amplo do que o científico. O apelo ao “querer saber” pode ser aplicado a basicamente tudo, na verdade. Mas aqui, dessa vez, me ponho em combate ao analfabetismo científico. Sei que Sagan ficaria orgulhoso. Não quero que os cientistas se tornem estrelas de tevê, quero apenas que sejam reconhecidos e valorizados, e que seu saber seja difundido. No fim, as coisas nem são tão complicadas, tudo está relacionado e faz sentido, vocês vão ver. Além de que tudo sempre pode ser simplificado para um nível amplamente compreensível, e é bem essa a ideia. Claro que também entra aí a questão da educação, principalmente no ensino escolar, que tem muito (muito!) a ser melhorado - mas isso é assunto para outra hora. 
Realmente acredito que quem não se interessa pela ciência, não faz ideia do que está perdendo. Depois que se descobre o fantástico funcionamento da vida, do universo e de tudo mais, não tem como continuar olhando para o que está em volta da mesma maneira do que antes. Passa-se a valorizar muito mais a existência. Afinal, ela é tão complexa, tão improvável, mas acontece incessantemente mesmo assim. É simplesmente fascinante!! (e eu tenho uma grande convicção de que isso é muito mais benéfico do que quaisquer crença religiosa)



 Créditos do gif ao Marcus :)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Por um mundo pelo mundo

Por um mundo menos chato. Por um mundo mais bonito. Por um mundo mais feliz. Por um mundo com menos leis, menos pessoas dizendo o que as outras devem fazer. Por um mundo com menos burocracia e mais consciência. Por um mundo sem preconceitos. Por um mundo inteligente. Por um mundo em que se aprenda a pensar. Por um mundo em que se possa falar. Por um mundo em que se possa ser. Por um mundo com menos números e mais sentimento. Por um mundo livre. Por um mundo pela liberdade. Por um mundo igualitário. Por um mundo sem linhas imaginárias. Por um mundo sem limitações arbitrárias. Por um mundo em que todas as pessoas sejam simplesmente pessoas e convivam bem com isso. Por um mundo em que as pessoas ponham-se no seu lugar de macacos. Por um mundo mais simples. Por um mundo com menos dinheiro e mais valores. Por um mundo em que se busque o melhor para o mundo, e não para o próprio bolso. Por um mundo mais altruísta, mesmo todo altruísmo sendo egoísta. Por um mundo em que se valorize a vida. Por um mundo em que se pergunte porquês. Por um mundo que não se contente com respostas industrializadas. Por um mundo sem crenças cegas. Por um mundo sem explicações convencionais. Por um mundo sem verdades absoultas. Por um mundo que não finja que não vê. Por um mundo que não aceite impunidades. Por um mundo que não tenha medo. Por um mundo que não desista fácil. Por um mundo que resista. Por um mundo que lute. Por um mundo que não se deixe manipular. Por um mundo que enxergue além, bem além, do óbvio. Por um mundo que queira enxergar. Por um mundo que não esqueça. Por um mundo que aprenda. Por um mundo ativo, por um mundo que aconteça. Por um mundo que mude, que melhore. Por um mundo que ande para a frente. Por um mundo que as pessoas o empurrem para a frente.
E é por esse mundo que eu escrevo aqui, é por esse mundo que vocês leêm, é por esse mundo que nos manifestamos, é por esse vamos às ruas falar o que pensamos, bem alto, que é para todo mundo ouvir.



Remember, remember, the 15th of november.

Dizem que hoje em dia não se quer mais mudar o mundo. Mas todos fazem isso, todos os dias, todos tem potencial. Uma revolução sempre começa com poucos. E pode ser silenciosa. Ideia é a arma mais poderosa. Afinal, revoluções começam dentro de cérebros. Quantos será que já estão na linha de frente? O futuro é nosso.

Mais do mesmo

Ela deciciu testar uma nova cor de esmalte. Ela mudou a cor do cabelo. Ela começou a ouvir outras bandas. Ela mudou de cidade, mudou de lugares. Ela comprou novos sapatos. Ela até comprou umas roupas diferentes. Ela conheceu novas pessoas. Ela lê outros livros e vê outros filmes. Ela passou a encarar algumas coisas de forma diferente e transformou alguns de seus conceitos. Sim, ela acabou mudando. Mas não saiu do tom das cores. Não mudou o estilo das suas músicas. Seu restaurante preferido continua no mesmo lugar. Continua usando o mesmo tênis todos os dias. Seu uniforme ainda é camiseta de banda e calça jeans. Seus melhores amigos de antes são também os de hoje. Seus ideais continuam idênticos. Seus gêneros de livros e filmes continuam os de sempre.
Tudo mudou, mas nada se perdeu. Na verdade, tudo indica que vai ser assim pra sempre. E, caralho, já é outubro.