quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Qual é a diferença?

A triste rejeição de Uni por seus irmãos malvados...


Não é "conquistar territórios" que torna algo bom ou verdadeiro. Civilizações, tradições e religiões não são eternas, elas simplesmente vêm e vão. O mundo já foi diferente, e provavelmente também será no futuro; as coisas mudam, por que as pessoas mudam.
Existem ciclos, que quase sempre avançam para um futuro melhor. Nada aqui é para sempre. Nós, seres humanos, tanto quanto o resto da natureza, estamos em constante mutação e aperfeiçoamento. No mundo, não há pode ser mais natural do que mudanças e transições. Essa inconstância e intenso movimento evolutivo é o que torna o nosso planeta tão belo.

A "ingênua teoria" por trás do desing inteligente

domingo, 26 de dezembro de 2010

Porquê não acreditar

             A partir do momento em que aprendi a pensar e refletir mais profundamente sobre os assuntos, essa idéia de “acreditar” em coisas e seres se mostrou plenamente incompatível. Sempre tive uma certa dificuldade em precisar imaginar coisas e afirmar que tais realmente existem. Provavelmente daí vem o meu bloqueio mental para a física, afinal, aquelas coisas todas não existem no plano visível. Enfim, essa forma de encarar o mundo está ligada a fatos concretos, provas ou até mesmo hipóteses e probabilidades.
O problema não está em “achar”, está em “imaginar” e “acreditar”. No primeiro caso, é necessário criar uma opinião, a partir de certa investigação e reflexão. Já no segundo, o sujeito cria uma imagem em sua própria mente, baseado em orientações de alguém que já o faz ou a partir de suas interpretações individuais.
            A raiz do problema sobre acreditar em deus está no próprio verbo. Ninguém fala sobre conhecer ou descobrir deus, as pessoas simplesmente acreditam nele baseando-se no senso comum. Essa entidade espiritual é personificada, formando um meme dissipado mundo afora, e de aberta aceitação na maior parte dos casos. O meme dessa entidade espiritual encarada de forma cientifica certamente não teria uma fácil dissipação entre a população. É, e de fato não o tem, mas é assim que eu encaro essa coisa que rege o mundo: cientificamente, ou o mais perto disso o possível.
            Não acho que ele não exista. Bem, na verdade Ele com “E” maiúsculo não existe mesmo. Sou absolutamente ateia em relação ao deus cristão, e interpreto sua existência de outra forma. “ele” é a energia vital, a base de tudo, a força que faz o mundo girar e as coisas acontecerem, e não um velhinho de barba branca sentado numa cadeirinha lá no céu (ok, fui extremista). O deus com “D” foi criado pela imaginação humana, e aí é onde está o erro. Nós não temos que imaginar nada, nós temos que investigar e descobrir o mundo que nos rodeia. Poxa, até os nossos antepassados hominídeos já haviam prendido isso!
          

sábado, 18 de dezembro de 2010

Música, pra quê?

            Dias atrás questionaram sobre tal questão... Afinal, para quê serve a música? Será por pura distração, apenas um plano de fundo? Nãããããoooo!
            Música é muito mais do que isso. Creio que cada gênero tenha uma “função” mais específica. Eu sou da música de protesto, crítica, satírica, embalada por um som cheio de power acordes e baterias incansáveis, unidos numa bela e melodiosa harmonia (ou nem tanto). Música que faz história, e que entrou pra história; música que não se abala, que é detestada pela massa, mas continua firme em prol das almas rebeldes, falando o que é preciso e tocando da maneira que quiser. O som mais pesado do rock já é, em si, uma forma de protesto. Logo, se for rock, já está ótimo.
Também existem aquelas músicas em que se percebe a conexão direta entra canção e cantor, e é muito lindo isso. Nessas, o artista realmente está ali para exprimir o que sente, e se realiza com isso.  Tudo gira em volta de uma energia muito boa passada a quem ouve, é como uma elevação a um patamar mais acima. Pode parecer meio sem sentido, mas, se mais alguém o sente, entenderá.
            Desde seu nascimento, o rock acompanhou todas as mudanças que aconteceram no mundo, sempre esteve lá, dando sua opinião sobre. Acompanhou a libertação sexual dos anos 60, a descoberta das drogas, o período de instabilidade e incertezas pós-guerra, os inúmeros conflitos políticos nacionais e mundiais, a ascensão tecnológica, e tudo mais! Nem é apenas nesse curto espaço destacado, mas desde a Antiguidade a música avança ao lado da civilização, sofrendo muitas mutações ao longo do caminho. Não vejo muita “função” positiva em gêneros como funk, pagode, axé, sertanejo... Mas há quem goste, e talvez esses possam responder (aaaaaaaaaacho que não hein...).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Deus x Cristo

        Pela minha concepção e interpretação, basicamente sobre o espiritismo (que teria muito mais a ver com ciência do que com religião), a crença em Deus não é, de maneira alguma, diretamente relacionada a crença em Cristo. É bem simples, mas geralmente as pessoas fundem as duas entidades numa só, orientadas pelas vozes católicas. Só que não tem de ser assim. Eu sou absolutamente cética com relação a Cristo, mas acredito na possibilidade de haver um “Deus”, mas um bem diferente do imaginário popular e do que diz a Igreja.
Existe uma grande probabilidade de Jesus nem ter existido ou, pelo menos, não ter sido tão importante e não ter feito todos aqueles milagres. A única fonte que “comprova” sua existência e seus atos é a Bíblia, um livro muito antigo e desorganizado, com inúmeras situações física e moralmente absurdas. É inquestionável que Moisés não abriu o Mar Vermelho, isso é apenas uma metáfora, uma historinha para passar uma lição de moral, como boa parte do Novo Testamento. Não é racionalmente cabível acreditar em tudo que a Bíblia diz. Jesus, se é que existiu, deve ter sido um homem bom, com uma mentalidade muito avançada para sua sangrenta era, que pregou bons princípios a seus seguidores e contribuiu para o avanço da humanidade. Ótimo, mas é apenas isso, nada de mágica, gente subindo ao céu nem água virando vinho.
O Velho Testamento é assombroso, muito violento, machista e anti-moralista. Não vejo sentido em basear uma religião tão grande nesse livro. E nem me venha com o papo de tirar só as coisas boas da Bíblia. Sendo assim, ela nem é necessária, pois ao tirar as apenas coisas boas, obviamente já saberemos distinguir o que é bom do que é maléfico. Todos os conceitos positivos que ela passa, se pode tirar de outro lugar. A própria evolução nos ensinou a sermos bons uns com os outros para convivermos bem em comunidade, tirando um proveito individual disso. Porém, a situação há 2 mil anos atrás era bem diferente. Naquela época, a Bíblia deve ter sido algo revolucionário, muito mais evoluído do que a situação da sociedade. Ali sim, ela teve um papel efetivamente importante. Hoje, não.
Já Deus deve ter muito mais a ver com energia, aquilo que faz as moléculas se unirem, os genes serem decodificados, as substâncias serem produzidas e as células se multiplicarem. Uma espécie de energia vital que faz o mundo girar. Bem, mas são apenas pensamentos e hipóteses, ainda quase sem nenhuma base científica. Posso, porém, assegurar que Deus não tem nada a ver com um papai que fica te cuidando lá do céu. Ele não vai ficar brabo nem chorar por causa dos pecados da humanidade. Também não vai mandar um dilúvio inundar o mundo inteiro porque somos muito maus. Enfim, sou atéia até que me provem o contrário, ou até que me sinta esclarecida o suficiente.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Então é Natal

Natal, que época mais feliz
Mais um feriado hipócrita regado de amor e compaixão
Que culpa tempos se aquela criança resolveu nascer?
E quem está aí para provar que ela realmente existiu?

Bem, acho que ele não é importante...
Mas, bem que deveria ser,
afinal, mesmo sem prova nenhuma,
comemoramos a sua existência!

EBA! Vou ganhar presentes!
Vou comer um monte de panetone!
Vou colocar um pinheirinho no meio da sala,
e embaixo dele umas pessoinhas que nem sei quem são
Mas não importa, nunca importa
Todo mundo faz assim, não é?

Natal, que época mais feliz
O amor e a compaixão
Do capitalismo com a religião



(pode dizer, sou uma poetisa nata!)

O país dos pobres e dos traficantes

Aqui estou eu, novamente, pregando por uma profunda reforma na educação pública. A "drugs war" no Rio é mais um reflexo desse sistema falido, tendo sua raiz trincada no problema da educação, ou da ausência da mesma. De que adiantam camburões, militares e policiais do BOPE? Vão matar culpados e alguns inocentes, abalar famílias, deixar crianças traumatizadas, causar revolta e rebeliões... Mas vão solucionar o problema? Claro que não! Novos culpados sempre substituirão os mortos. É só mais uma medida provisória, bem do tipo a que já estamos tão acostumados. Populismo é do século passado, assim como seu assistencialismo com líderes carismáticos. O Lula trouxe montanhas de pobres a beirar a classe média, e isso estimula a economia e tudo mais, mas ainda não encara a raiz do problema. Ele continua aí.
Minha teoria parece simples demais - e pode até ser, qual seria o problema? Defendo que só revolucionando a educação tornaremos o Brasil uma nação sustentável e estabilizada. A partir disso, todo o resto seria mera consequência. Como? Educando sistematicamente toda a população, valorizando o bom ensino e o conhecimento, ensinando a pensar por si mesmo, tornando o ato de estudar algo agradável, sempre respeitando tanto as aptidões como as limitações individuais.
A escola atuaria como formadora de cidadãos respeitáveis, críticos e ativos, muito mais do que o faz hoje. Esses não aceitarão, de nenhuma forma, uma política ordinária e corrupta, não sustentarão o tráfico nem o parasitismo político. Sempre lutarão por seus direitos e suas liberdades e farão suas vozes serem ouvidas. Pessoas inteligentes, trabalhando e se destacando no que fazem, se tornando profissionais realizados. É exatamente disso que nosso país precisa, para então podermos jogar nossos camburões e Bolsas Famílias no lixo.

A cena do tráfico cair dessa forma na mídia é ótimo. Certamente, muitos de classes mais favorecidas nunca tiveram contato com essa realidade. Melhor ainda se as pessoas, em especial os jovens, compreendessem que o tráfico só existe por que é sustentado por quem consume, e que não adianta refletir com relação a isso ao mesmo tempo em que compram drogas. Mesmo longe do Rio, o sistema é interligado e dependente.
Aí entra o conflito com relação a legalização do uso de drogas, que provavelmente amorteceria esse trágico cenário. Ideologicamente, sou a favor da liberação de todo o tipo de droga, entorpecentes e bebidas para todas as idades. O Estado, com suas leis, não tem o direito de governar sobre as pessoas e estipular suas escolhas, somos livres, temos de ser! Tudo depende da consciência e da EDUCAÇÃO de cada um. Mas isso, só na minha utópica realidade perfeita, que - ainda - está bem longe daqui.