sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Idolatrando tijolos

Quem merece ser considerado um ídolo?
A música se tornou algo tão esquematizado e padronizado que os artistas nem mereciam ser chamados de artistas, muito menos serem idolatrados por alguém. A maioria deles nem mesmo compõe suas letras, que dirá suas melodias. Não tocam nem cantam, digamos, com o coração. Aquilo que apresentam em cima do palco não advém deles mesmos, é apenas um trabalho como qualquer outro. É claro que eles adoram o que fazem, afinal, têm sucesso e um cardume de fãs correndo atrás. É o que faz sucesso hoje em dia, o que aparece na tevê e o que toca nas rádios.
Mas isso eu não quero, nãããão, mas isso eu não gosssto.
Eu quero a expressão mais sincera.
Eu quero sentir, sentir que aquilo o satisfaz, o deixa mais completo, o faz feliz, satisfeito. E isso é o que conta num músico. Cinquenta pessoas que vão num show e sentem isso, valem muito mais do que um estádio de futebol lotado com marionetes. Já que atualmente é assim que funciona, underground rulez. Quer entender o que eu estou falando? Bad Religion.
Por que isso é tão raro? Será que sou eu que estou errada? Óbvio que não. As pessoas que são tolas, fúteis, conscientemente ignorantes.
Eu quero espaço, eu quero movimento, eu quero que aconteça, eu quero ver, ouvir, gritar, eu quero sentir, eu preciso estar lá. Mas lá aonde?

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