terça-feira, 25 de junho de 2013

Humanos

Apenas humanos, apenas vivemos. 
Depois de todo o longo e magnífico trabalho da evolução, continuamos apenas humanos.
Apenas aglomerados de matéria orgânica incrivelmente especializada, organizada e sincronizada. Tão belos, tão complexos, mas apenas humanos, máquinas feitas para sobreviver. 
Máquinas transbordantes de sentimentos e pensamentos confusos - devido a um lindo acaso da evolução chamado córtex pré-frontal. Nós não detemos o controle. Gostaríamos de detê-lo. 
Apenas seres humanos, que estão por estar e vivem por viver. Nós apenas não sabemos - mas somos altamente curiosos. 

Submersos em nossa incrível ingenuidade, produzimos infinidades de coisas belas. Aprendemos a fazer música, aprendemos a fazer arte, aprendemos a cultivar amizades, aprendemos a amar. 
Submersos em nossa incrível ingenuidade, temos medos, temos dores, temos angústias e, no final, descobrimos que provavelmente estamos sozinhos por aqui. Somos falhos, cometemos erros, aprendemos e erramos mais uma vez, para então aprender de novo em um ciclo sem fim. Somos bons. Somos maus. 

Submersos em nossa incrível ingenuidade, somos apenas humanos e tentamos nos distrair. Criamos uma infinidade de hierarquias, instituições, leis, regras e uma coisa chata chamada bom senso. Criamos uma sociedade difícil, complicada e um tanto chata também. Mas, ainda somos, apenas humanos. 
Inventamos personalidades e lutamos diariamente para sermos diferentes - mas não sabemos que isso de nada importa, somos muito mais iguais do que pensamos ser. Muito mais iguais a todo o resto, a tudo que nos cerca, somos apenas parte de um todo bilhões e bilhões de vezes maior. Somos parte do que é ainda desconhecido. 

Somos iguais em nossa natureza. Somos apenas humanos.

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