Apenas humanos, apenas vivemos.
Depois de todo o longo e magnífico trabalho da evolução,
continuamos apenas humanos.
Apenas aglomerados de matéria orgânica incrivelmente
especializada, organizada e sincronizada. Tão belos, tão complexos, mas apenas
humanos, máquinas feitas para sobreviver.
Máquinas transbordantes de
sentimentos e pensamentos confusos - devido a um lindo acaso da evolução
chamado córtex pré-frontal. Nós não detemos o controle. Gostaríamos de
detê-lo.
Apenas seres humanos, que
estão por estar e vivem por viver. Nós apenas não sabemos - mas somos altamente
curiosos.
Submersos em nossa incrível
ingenuidade, produzimos infinidades de coisas belas. Aprendemos a fazer música,
aprendemos a fazer arte, aprendemos a cultivar amizades, aprendemos a
amar.
Submersos em nossa incrível
ingenuidade, temos medos, temos dores, temos angústias e, no final, descobrimos
que provavelmente estamos sozinhos por aqui. Somos falhos, cometemos erros,
aprendemos e erramos mais uma vez, para então aprender de novo em um ciclo sem
fim. Somos bons. Somos maus.
Submersos em nossa incrível
ingenuidade, somos apenas humanos e tentamos nos distrair. Criamos uma
infinidade de hierarquias, instituições, leis, regras e uma coisa chata chamada
bom senso. Criamos uma sociedade difícil, complicada e um tanto chata também.
Mas, ainda somos, apenas humanos.
Inventamos personalidades e
lutamos diariamente para sermos diferentes - mas não sabemos que isso de nada
importa, somos muito mais iguais do que pensamos ser. Muito mais iguais a todo
o resto, a tudo que nos cerca, somos apenas parte de um todo bilhões e bilhões
de vezes maior. Somos parte do que é ainda desconhecido.
Somos iguais em nossa
natureza. Somos apenas humanos.
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